A revisão da queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020, de 3,9% para 3,3%, coloca o Brasil em uma posição superior à média mundial no ano inicial da pandemia de Covid-19.
O dado fechado do PIB daquele ano foi divulgado na sexta-feira (04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em um grupo de 49 economias com dados coletados pela OCDE, o Brasil aparece na 21ª posição, com desempenho acima da média de -4,1%. Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 195 economias mostram o país na 87ª posição, ligeiramente melhor que o desempenho mundial estimado em -3,5%.
O Brasil foi um dos países que mais gastaram durante a crise de 2020 para dar sustentação à economia e permitir que famílias e empresas pudessem seguir as regras de isolamento social.
Apesar da resistência inicial do governo federal, o Congresso aprovou o Auxílio Emergencial de R$ 600. A proposta do Ministério da Economia era de R$ 200.
Também foi aprovado o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, entre outras medidas.
Com isso, a economia se recuperou mais rápido que o esperado no segundo semestre daquele ano, após as duas quedas verificadas nos dois primeiros trimestres.
Apesar da revisão de 2020, o Brasil ainda deve fechar o governo Jair Bolsonaro com uma taxa de crescimento equivalente à metade da média mundial.
O crescimento abaixo do mundial tem sido verificado desde o governo Dilma Rousseff, passando pelas duas gestões posteriores, e a perspetiva é de que essa performance se mantenha nos próximos quatro anos, segundo as projeções de economistas brasileiros e organismos multilaterais.
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