Polícia Civil prende sete suspeitos de extorsão de R$ 1,2 mi em criptomoedas

A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí, deflagrou a Operaç˜≥ao Blockchain, com objetivo de dar cumprimento a oito mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão.

Em janeiro deste ano, três homens invadiram a residência de um empresário na Praia Brava, em Itajaí, portando armas de fogos e renderam a vítima, seus familiares e funcionários.

As vítimas foram mantidas sob poder dos criminosos por cerca de três horas. Por meio do uso de violência e grave ameaça contra seus familiares, o empresário foi forçado a realizar transferências de valores em criptomoedas, bem como teve joias, aparelhos eletrônicos e dinheiro em espécie subtraídos, em um prejuízo total de aproximadamente R$ 1,2 milhões.

O inquérito policial conseguiu identificar três núcleos de atuação, sendo o núcleo de execução, composto pelos três indivíduos que efetuaram o atraque às vítimas; o núcleo de coordenação, composto por três indivíduos que realizaram o levantamento de informações, cooptaram os demais partícipes e organizaram toda a empreitada e, por último, o núcleo financeiro, composto por dois indivíduos, os quais foram responsáveis por operacionalizar a transferência dos valores em criptomoedas.

PRISÕES NO BRASIL E NA ARGENTINA

Na tarde de quarta-feira (04), por meio de ação integrada com a Interpol, Ministério da Justiça (MJ), Polícia Federal (PF) e Polícia Federal Argentina, dois suspeitos que se encontravam residindo em Buenos Aires foram capturados.

Na quinta (05), por meio de ação integrada com a Polícia Civil de Sergipe (Cope e Dipol), um integrante do núcleo financeiro foi capturado em Ituporanga D`Ajuda, no interior do estado.

Em Santa Catarina, dois integrantes do núcleo de coordenação já se encontravam presos em razão da Operação X da DIC de Itajaí por participação em roubos a banco e um integrante do núcleo de execução já estava preso por outro roubo à residência, estes tiveram MPs cumpridos em função dos novos fatos.

Um segundo integrante do núcleo de execução foi capturado em sua residência em Balneário Camboriú e o terceiro atracador -está foragido. Foram apreendidos aparelhos eletrônicos para o aprofundamento das investigações.

SEQUESTRO DE ATÉ R$ 1,2 MI EM DINHEIRO E CRIPTOMOEDAS

A partir do rastreamento das transferências, foi possível identificar que os valores foram encaminhados para fora do Brasil - Argentina e Peru - por meio da pulverização destes em carteiras de criptomoedas.

Foi decretado o sequestro de valores em até 1,2 milhões de reais no sistema bancário e em corretoras de criptomoedas.

Os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário, onde ficam à disposição da Justiça. Eles respondem pelos crimes de roubo qualificado e extorsão qualificada. O inquérito policial será finalizado em até 30 dias.

APOIO À OPERAÇÃO

As diligências contaram com o apoio da Divisão de Fugitivos da Representação da Interpol da Argentina (PFA) e do Brasil (PF); Oficiais de Ligação da Interpol e Polícia Federal Argentina (PFA) em atuação no Centro de Cooperação Policial Internacional (CPPI) da Polícia Federal no Rio de Janeiro, do Setor de Capturas Internacionais da Polícia Federal (Secint/PF); do Centro Integrado de Operações de Fronteira do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Ciof/Senasp/MJSP), com sede o Parque Tecnológico Itaipu em Foz do Iguaçu (PTI), da Divisão de Inteligência e Planejamento da Polícia Civil (Dipol) e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil de Sergipe (PCSE); da Gerência de Inteligência de Sinais e Laboratório de Tecnologia contra lavagem de dinheiro da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO); do Setor de Investigações Criminais (SIC) e do Núcleo de Operações com Cães (NOC) de Itajaí (PCSC).