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Entenda a importância do aleitamento materno

Alex Pasarelu/Unsplash A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que os bebês sejam nutridos exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade e que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os dois anos de idade A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que os bebês sejam nutridos exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade e que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os dois anos de idade

A alimentação é uma das primeiras atividades diárias do recém-nascido. Conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), os bebês devem ser nutridos exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade e que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os dois anos de idade. Contudo, passar por essa experiência após todas as etapas da gravidez nem sempre é uma tarefa fácil.

Aos 34 anos, Maiqueli Coroleski, mãe da pequena Lívia, buscou ajuda no Ambulatório de Amamentação da Unimed Chapecó ainda durante a gestação para entender quais seriam os desafios da amamentação e as estratégias para estimular a produção de leite. Logo na primeira semana de vida da bebê, Maiqueli identificou que a Lívia não estava fazendo a pega correta da mama o que, consequentemente, influencia no seu crescimento. Depois disso, a mãe desenvolveu fissuras nas mamas e Lívia passou a ter mais dificuldades de sugar o leite, apesar de apresentar bastante força para o ato, a posição da pega ainda não estava correta. “Quando eu fui no Ambulatório a enfermeira me orientou a buscar ajuda de uma fonoaudióloga para corrigir a posição da língua da Lívia. Mas, a fissura estava cada vez maior e, consequentemente, começou a sair muito sangue do meu peito. Então, em paralelo ao acompanhamento da fonoaudióloga, precisei iniciar o tratamento semanal com laser para ajudar na recuperação das mamas. Foram várias semanas de tratamento e orientações até voltar ao normal”, conta Maiqueli.

Contudo, os problemas não terminaram com as sessões de laser. Maiqueli relata que passou por três mastites em decorrência do alto fluxo de leite e, também, precisou lidar com o aparecimento de um fungo, mas que com o tratamento e as orientações adequadas conseguiu voltar a amamentar. “Apesar de tudo isso, eu nunca pensei em desistir de amamentar. Queria muito sentir o cheirinho e o aconchego dela no meu peito, mesmo com muita dor na hora de amamentar. Eu sabia que um dia iria parar de doer e que eu sentiria o prazer da amamentação, como tem sido até hoje”, complementa ao finalizar sobre a importância do apoio que recebeu da sua família e da equipe do Ambulatório de Amamentação do Espaço Viver Bem da Unimed Chapecó.

Conforme explica a enfermeira do Ambulatório de Amamentação da Unimed Chapecó, Ana Paula Simioni, o aleitamento materno não é apenas um alimento, é um sistema complexo que além de conter uma combinação perfeita de macro e micronutrientes, hormônios, anticorpos e até fatores de crescimento, também fornece continuamente bactérias benéficas ao intestino infantil. “Durante o aleitamento materno o bebê tem menor risco de desenvolver alergias, está protegido contra infecções respiratórias, otites, meningites e gastroenterites, pois recebe os anticorpos de defesa que precisa para seu desenvolvimento”, complementa a enfermeira. Ainda, a longo prazo o leite materno reduz o risco de doenças crônicas como hipertensão arterial, obesidade, colesterol alto e diabetes, além de estar associado ao melhor desenvolvimento cognitivo do bebê.

Ana Paula contextualiza também que em relação às principais dificuldades das mães na hora de amamentar está o de encontrar uma posição confortável, assim como posicionar o bebê ao seio, seja pelo desconforto do pós-parto ou pela falta de habilidade. Outras dúvidas comuns são identificar quando o bebê dá sinais de fome ou quando está satisfeito. “É importante que a mãe busque um profissional capacitado para lhe auxiliar, pois muitas dificuldades iniciais são de rápida resolução. Algumas dicas também são importantes no início da amamentação: procure amamentar em um local calmo, posicione-se confortavelmente e conduza o bebê até o seio. Não espere que ele seja capaz de se organizar sozinho, abrir bem a boca e ainda ir até a mama, você precisa ajudá-lo! O corpo do bebê precisa estar bem próximo ao seu, com o rostinho de frente para a mama, o nariz na altura do mamilo, a cabeça e o tronco alinhados, com a barriguinha do bebê encostada na da mãe. Apenas com esses cuidados aumentam-se as chances de uma mamada acontecer sem provocar traumas e dores. Além disso, o bebê consegue retirar um bom volume de leite, se mantendo saudável e mais tranquilo”, orienta a enfermeira ao alertar também que, diante de qualquer dificuldade, medo, angústia ou dor é necessário buscar um profissional.

CONHEÇA OS SERVIÇOS

Inaugurado em janeiro de 2022, o Ambulatório de Amamentação já realizou mais de dois mil atendimentos, uma média de 100 ao mês. O espaço tem como objetivo acolher e ajudar as mães no período de amamentação, para que se sintam amparadas e recebam orientações necessárias sobre as melhores formas de amamentar. Além disso, oferece terapia com laser para recuperação mamária (fissuras) e presta consultoria de pré-natal e pós-parto às beneficiárias do plano.

FIQUE ATENTA

Durante o processo de amamentação, as mães podem passar por dificuldades que exigem cuidado especial e requerem atenção. Os primeiros sintomas de que algo pode estar errado com a amamentação incluem:

  • Dor intensa ou persistente nos mamilos: a dor é comum, mas não é normal. O desconforto causado no início da mamada deve passar em poucos segundos. No caso de persistir ou se tornar muito intensa pode ser sinal de uma pega inadequada, posição incorreta do bebê ou até mesmo de uma infecção mamária.
  • Rachaduras ou feridas nos mamilos: essas características podem ser resultado de uma pega incorreta, disfunção oral do bebê e até mesmo uso de bombas de extração de leite inadequadas. Essas lesões podem tornar a amamentação dolorosa e aumentar o risco de infecções.
  • Ingurgitamento mamário: ocorre quando as mamas ficam excessivamente cheias de leite, causando desconforto, dor e até mesmo febre. Isso pode ser consequência de uma produção de leite em excesso ou até mesmo problemas na pega do bebê, dificultando o esvaziamento da mama.
  • Mastite: a mastite é uma infecção mamária que pode ocorrer quando o ingurgitamento mamário não é resolvido ou na presença de bactérias. Os sintomas incluem dor intensa, vermelhidão, inchaço e calor na mama, afetada, além de febre e mal-estar geral.

MITOS & VERDADES SOBRE A AMAMENTAÇÃO

Existe leite fraco?

Mito: O que existe é uma baixa produção láctea materna e, na maioria das vezes, vem acompanhada da falta de conhecimento sobre a importância de ter mamadas frequentes e efetivas, assim como da inclusão de dispositivos que atrapalham a amamentação como a mamadeira e a chupeta.

Amamentação deve ser a única fonte de alimentação do bebê até os seis meses?

Verdade: Até os seis meses o bebê pode receber única e exclusivamente o leite materno para alimentação e hidratação. A recomendação do Ministério da Saúde é amamentar de forma exclusiva até os seis meses. Após este período a alimentação deve ser complementada com alimentos sólidos, mas a amamentação pode seguir até os dois anos ou mais.

Amamentar é instintivo/natural!

Mito: Natural é termos uma mulher que produz leite e um bebê com reflexos, como busca e sucção (importantes na amamentação). Mas, para que a dupla consiga organizar esse processo é necessário preparo, técnica e dedicação, requer calma e paciência no início. É importante que a mulher busque informações durante o pré-natal e conte com uma rede de apoio bem estruturada, pois os benefícios compensam o esforço.

Devo oferecer 10 minutos em cada mama?

Mito: O ideal é esgotar o leite de uma mama primeiro, para só então trocar, e se o bebê ainda tiver fome (não precisa guardar um seio para a próxima mamada). Lembre-se que a mama é fábrica e não estoque, ou seja, fábrica só produz se tiver consumo. Esvaziar a mama sinaliza nosso cérebro que esse bebê está mamando bem e assim se mantém produtiva.

O estresse pode afetar a produção de leite?

Verdade: Situações de estresse e cansaço podem afetar a produção de leite. É normal no puerpério a mãe vivenciar momentos de ansiedade, alteração do sono, do humor e estresse, fatores que implicam na diminuição da produção láctea. Neste aspecto, a mãe pode contar com uma rede de apoio e/ou um profissional da saúde para ajudar a enfrentar estes desafios. Obs.: distúrbios hormonais e hipoplasia mamária também podem comprometer a produção de leite.

Amamentar fortalece a imunidade do bebê!

Verdade: Além de suprir todas as necessidades nutricionais do bebê, o leite materno contribui no desenvolvimento do sistema imunológico que ajudará a protegê-lo de doenças e infecções gastrointestinais e até mesmo respiratórias.

Mamadeira e chupeta interferem no aleitamento?

Verdade: Bicos artificiais e oferta do leite em mamadeira podem prejudicar o aleitamento, pois podem confundir o bebê de forma a rejeitar o seio materno. A forma de sucção na mamadeira e no peito são diferentes e exigirão do bebê impactos na sucção, respiração e deglutição de maneiras distintas. A criança pode dar preferência ao bico artificial e ao leite em mamadeira ocasionado assim, diminuição na produção láctea e o desmame precoce.

O leite vira água quando a amamentação é prolongada?

Mito: Estudos demonstram que, mesmo após um ano de vida do bebê, 100 ml de leite materno permanecem com mais calorias nutritivas do que o leite de vaca, mesmo não sendo mais o principal alimento da criança.


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