O debate que tem ganhado altura nas redes sociais e nos setores políticos, principalmente os mais radicais, é a de que “bandido bom, é bandido morto”, ou seja, a sociedade está querendo eliminar todos os focos que tendem ser possível de limpeza do crime através das próprias mãos justamente devido à falta de segurança que marca o dia a dia do cidadão.
Cansado daqueles crescentes índices de violência que observa no dia a dia, com menores cometendo todo tipo de atrocidades, crimes contra a honra e o patrimônio, assaltos à mão armada, latrocínio, extorsão e um leque interminável de argumentos para que coloque um revolver na cintura, está de fato crescendo entre os cidadãos. Talvez por isso, sem mesmo levar em conta vários outros índices da criminalidade, a popularidade de Jair Bolsonaro cresce.
Cresce porque, dentro de um ambiente de ignorância plena do cidadão brasileiro, sem condições de entender sua sociologia e os motivos que levaram a este patamar social a que todos tem visto, a questão econômica e o fardo político de descrédito da classe, tem feito que, qualquer aventureiro, metido a visionário e falando a linguagem de quem não percebe-se como membro comunitário, aplauda de verdade que, o tal de novo que o país precisa, seja mesmo um discurso fútil, vazio e pobre que sai de Jair Bolsonaro.
Pobre porque, com a língua destemperada, pensando que pode tudo porque é parlamentar e que, por seu jeito escroto de ser, boçal com a imprensa, defendendo uma ditadura pelas vias do civismo mentiroso, vá dar ao Brasil a segurança que o povo imagina.
O que falta à nação é Educação que, por ela, tudo de alcança. O termo armar é uma cilada para todo cidadão de bem que, sem saber como e porque está submerso nesta linguagem do “pode tudo”, afirmar que vai melhorar a vida de todos.
Armar é um processo que pode gerar ainda mais violência. A desigualdade é muito grande e, justamente por ser um chão nacional de injustiça, tudo será revelado na bala.
O que falta é distribuição de renda e Educação para que todos possam ter oportunidades de vencer na vida. Quem joga as pessoas no crime é a injustiça. Não há paz porque ela é, como se sabe, fruto da justiça social.
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