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PL de Sérgio Guimarães quer instituir método Wolbachia no combate à dengue

Giovanni Kalabaide/Agência AL Deputado Sérgio Guimarães propõe lei na Alesc para usar método Wolbachia no combate ao Aedes aegypti em SC, visando reduzir casos de doenças transmitidas pelo mosquito Deputado Sérgio Guimarães propõe lei na Alesc para usar método Wolbachia no combate ao Aedes aegypti em SC, visando reduzir casos de doenças transmitidas pelo mosquito

O deputado estadual Sérgio Guimarães (União) apresentou um projeto de lei, na Assembleia Legislativa (Alesc) que pretende instituir a aplicação do método Wolbachia como diretriz complementar de controle biológico de combate ao mosquito Aedes aegypti.

“Precisamos buscar todas as metodologias disponíveis e se não há por iniciativa dos municípios, vamos tentar por força de lei, para assegurar a saúde pública aos catarinense", destacou.

A proposta integra o Programa de Prevenção e Combate à Dengue. A ideia é ampliar os recursos de controle da proliferação do inseto em Santa Catarina. A proposta legislativa possibilita ao Poder Executivo estadual firmar convênios, contratos, e, parcerias com a iniciativa privada, universidades e órgãos que já atuem com essa prática. “Dar segurança jurídica para que o estado também possa agir como parceiro dos municípios é nossa missão enquanto parlamentar", salientou.

O método Wolbachia é um instrumento que modifica, em laboratório, o mosquito, com a introdução da bactéria Wolbachia no Aedes Aegypti, bloqueando o vírus da dengue. O modelo surgiu na Austrália e já é referência na contenção do inseto infectado. Um exemplo de eficácia do uso desse método vem de Niterói (RJ). O município é o primeiro em território nacional a ter cobertura 100% pelo sistema e os números de 2023 apontam resultados eficientes. A queda em casos de dengue foi de 70%, chikungunya caiu 60% e o Zikavírus reduziu em 40% .

Os números mais recentes apontam 32 mortes por dengue, em Santa Catarina. Outras 11 ocorrências estão sob investigação. Quase 65 mil casos são tratados como dengue. Desses, pouco mais de 1 mil pacientes são considerados graves. De acordo com dados do Ministério da Saúde 53,3% dos pacientes são do sexo feminino e 46,7% masculino. O maior volume de casos está entre pessoas com faixa etária entre 20 e 29 anos.

Somente no mês de março, o volume de novos registros foi cerca de 10 mil a mais que o mesmo período do ano passado. No entanto, fevereiro foi o pico. Mais de 38 mil registros, cerca de 35 mil a mais que o mesmo mês em 2023. No ano passado, o mês de abril foi o auge, quando 70 mil registros foram contabilizados, por isso a atenção continua. “Não podemos descuidar, já que ainda temos dias quentes, com chuvas ocasionais e água limpa propícia para a reprodução do mosquito", ressaltou.


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