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LONGE DA PRAIA

Xaxinense e três amigos vivem aventura inesquecível na Patagônia

Por: LÊ NOTÍCIAS
08/11/2017 11:33 - Atualizado em 08/11/2017 11:34
Fernando Fiorentin alinhou a viagem e os incríveis cenários com a paixão pela fotografia (Foto: Arquivo de Fernando Fiorentin) Fernando Fiorentin alinhou a viagem e os incríveis cenários com a paixão pela fotografia (Foto: Arquivo de Fernando Fiorentin)

Por Axe Schettini

Quando fala-se em viajar, arrumar a mala e seguir um destino em busca de paz e descanso, a maioria das pessoas enchem os olhos para saciar a vontade de relaxar. Lendo isso, você imaginou o litoral catarinense ou então o Nordeste brasileiro, certo? Mas não é bem desses destinos que vamos contar hoje.

Muitas pessoas veem somente a praia como destino turístico, por comodismo e facilidade, e quando se cogita uma aventura maior, o que se ouve é: “você está ficando louco” ou então “ir longe assim? Eu tô fora!”. Desbancando medos e com a euforia de fazer a primeira viagem internacional, o xaxinense Fernando Fiorentin, ao lado de outros três amigos, realizou no mês passado a sua maior aventura como viajante.

Apaixonado por fotografia, tirou do Instagram e de outros sites de viagens, a inspiração pela natureza e pelo mundo que, segundo ele, é encantador. Inicialmente realizando roteiros pelo Brasil, como Jericoacoara (CE), Maragogi (AL), Bonito (MS) e Chapado dos Veadeiros (GO), Fernando buscou experiência para concretizar a viagem de mochilão pela Patagônia argentina e chilena, onde dormiu em barraca, passou frio e molhou os olhos de emoção e gratidão pela imensidão da natureza.

Tudo estava planejado, com passagem partindo de Porto Alegre (RS) rumo a El Calafate (ARG) Fernando e os amigos Vinicius Bonfante, Marcos Zanetti Júnior e Maurício Bordin, chegaram ao destino com o objetivo de alugar um carro, onde, de acordo com o roteiro, iriam passar os três primeiros dias utilizando o veículo. “Chegamos lá e o que havíamos planejados não deu certo. A maior dificuldade foi o cartão de crédito, pois eles pediam cerca de R$ 6 mil apenas de cheque caução, e nós não tínhamos todo esse limite, então tivemos a primeira baixa da viagem. Mudamos a rota, compramos passagens de ônibus e no final tudo deu certo”, conta Fernando, ressaltando que tudo é experiência e que faz parte da aventura.

ACAMPAMENTO

Com a mochila nas costas, os amigos iniciaram a trekking rumo a Laguna Torre e Cerro Torre, ambos em El Chaltén, com cerca de 12km de caminhada. “Ouvi o pessoal dizer que é o Cerro Torre é a montanha com menos visibilidade da Argentina, e não deu outra, a visibilidade lá é baixíssima. De qualquer forma a trilha é incrível, com a presença de icebergs e a possibilidade de beber água de nascentes e degelo. Inesquecível”, relata Fernando.

Depois da primeira caminhada, os amigos seguiram em direção ao acampamento Poincenot, cerca de 2km da base do monte Fitz Roy, que Fernando definiu como a cereja de El Chaltén. “Estávamos com pouco tempo e não imaginaríamos que este ‘atalho’ nos custaria tanto esforço, pois eram cerca de 6km de subida, somando com os outros 15km já trilhados durante todo o dia. Mas tudo valeu a pena, as lagunas Madre e Hija nos fizeram parecer que estávamos em outro planeta, tinha um pedaço da Islândia lá”, conta Fernando, fazendo uma analogia com o país nórdico devido às pedras pretas e às montanhas nevadas.

Então chegou a noite do acampamento, quando os quatro amigos tiveram a primeira experiência na Patagônia. “Estávamos cansados, são muitos equipamentos, a mochila era pesada, mas queríamos mesmo era nos conhecer melhor e se superar. Então nos preparamos para deitar, mas os ventos eram absurdos, eu havia lido relatos sobre os ventos, contudo não imaginava que eram tão intensos. Parecia um barulho de um caminhão passando do nosso lado”, conta, lembrando que, apesar da aventura, tudo somou no nosso aprendizado, contando inclusive dos almoços realizados com água de degelo e na ‘panelinha’.

Após alguns dias na Patagônia argentina, passando pelo icônico Fitz Roy e pelo gigantesco Glaciar Perito Moreno, que possui cerca de 70m de altura e mais de 5km de extensão, o quarteto rumou ao Chile com destino ao Parque Nacional Torres del Paine, onde foram cerca de 70km de caminhadas durante 4 dias e três noites, acampando em locais estratégicos com paisagens exuberantes, como o Lago Nordenskjöld. “São momentos que paramos para apreciar a vida e ver o quanto ela é bela. E hoje eu decidi isso para minha vida, eu quero viajar, conhecer o mundo e por isso coloquei essa prioridade na minha vida”, disse Fernando, contando que nada vai explicar realmente o que viveu na Patagônia, pois somente quem viver essa experiência vai sentir o inexplicável.

INFLUÊNCIAS

Fernando Fiorentin lembra que tudo iniciou anos atrás, quando adquiriu a sua primeira GoPro2, sendo que na época foi um dos pioneiros na região, fazendo com que suas fotos ganhassem visibilidade, sendo compartilhada inclusive por perfis do Instagram com milhares de seguidores. “Até mesmo a conta da Canon fez o repost de uma foto feita por mim. Outros perfis focados em turismo do Nordeste, de Santa Catarina e de todo o Brasil, começaram a divulgar meu trabalho e minhas fotos, isso é gratificante e me motivou a viajar cada vez mais”, lembra.

O xaxinense ainda conta que idealizou este perfil como estilo de vida e segue focado em viagens. “Quero a cada dia abrir mais minha cabeça e fazer o que eu amo, que é fotografar, viajar e respirar novos ares. Converso com amigos e inclusive acabo influenciando alguns a arrumar a mala e isso me realiza. Todos devemos embarcar em novas jornadas, se redescobrir e descobrir o mundo”, finaliza, lembrando que um dos seus sonhos é ir à Nova Zelândia e à Índia.


Veja mais fotos da viagem no Instagram @fernandofiorentin:


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