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Redução no combustível do SaerFron de Chapecó

Por: Gustavo de Miranda
22/11/2017 11:21

Eu vinha ontem pela manhã de Chapecó, ouvindo o programa de rádio do Rafael Henzel, e ali ouvi a notícia que me estragou a semana: o estado iria reduzir o combustível fornecido para as atividades mensais do SaerFron de Chapecó de 40 horas de autonomia para 1 hora e 30 minutos.

O SaerFron e o SARA são o Serviço Aeropolicial de Fronteira e o Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico, da Polícia Civil, que prestam um serviço de importância indescritível no policiamento de fronteira e no resgate médico em casos urgentes e graves, com uso de aeronave.

Embora eu ainda não tenha encontrado notícia oficial dessa redução, ela implicaria numa redução substancial dos atendimentos, aumentando os riscos à população pela falta de um serviço tão especializado e eficiente.

Enquanto isso, o Ministério Público de Contas de Santa Catarina apurou ano passado que o estado já gastou mais de R$563 milhões pra reformar a ponte Hercílio Luz, que está em revitalização há 30 anos (!), acompanhou as atividades de 11 governadores e vários secretários no maior escoadouro de direito público de um dos estados mais prósperos desse país. Tem que haver um motivo muito forte que justifica manter esse elefante morto em pé.

Vou ser direto: o direito à saúde e à segurança que a Constituição firma como de fundamental importância tem que vir antes dos caprichos. Ponto. As obras lá estão “dentro do cronograma” como sempre diz a Agronômica, mas aqui, o cronograma dos serviços essenciais de responsabilidade do estado está desse jeito aí, sendo reduzido numa contingência de recursos que não justificam o prejuízo que o povo sofre, e o retorno é insuficiente.

Aqui em Xaxim mesmo, a parte da estrutura do Colégio Gomes Carneiro que ainda pertence ao estado foi transformada em creche, cheia de infiltrações, rachaduras, mofo, o forro das abas caiu. Mas o estado tem que cumprir os contratos com a revitalização de uma pilha de lata que está inutilizada desde 1991.

Perdoem os termos, mas a realidade é frustrante. Só a regional de Chapecó da Fazenda Estadual arrecada uma média de 60 milhões por mês aos cofres do estado, só em ICMS e IPVA, fora o ITR, que tem períodos mais largos. A contingência de recursos poderia atacar despesas menos urgentes pra poder retornar mais pra uma região tão produtiva e carente de estrutura como a nossa. A BR282 está vendo reformas mais abrangentes agora depois de quantos anos de tapa buraco, e embora seja uma rodovia federal, é obrigação do estado zelar pela estrutura que serve seu povo.

Preservar a história e a identidade do nosso estado é essencial, mas há interesses e necessidades que vêm antes que isso. Não há nada perdido lá em Florianópolis, mas aqui...


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