O Brasil amargou nos últimos anos uma forte crise que refletiu no poder de compra dos consumidores. Os reflexos foram sentidos no primeiro semestre de 2015 e caracterizaram-se com uma forte recessão econômica, a pior da história do país com recuo do Produto Interno Bruto (PIB) por dois anos consecutivos. A contração da economia chegou a cerca de 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016. Além disso, gerou desemprego alcançando mais de 14 milhões de brasileiros desempregados.
Em Chapecó, apesar do cenário ser mais equilibrado do que em outras regiões brasileiras, também houve respingos da crise com quedas na movimentação econômica do comércio. Mas, a partir de 2017, um novo fôlego foi dado ao setor terciário da economia. Ainda que de maneira lenta e gradativa os lojistas começaram a sentir a reação econômica.
“A economia em 2017 começou bastante instável. Tínhamos algumas incertezas principalmente com relação à macroeconomia. Possuíamos a interferência de uma eleição americana, taxas de juros e inflação elevadas. Felizmente a economia começou a se estabilizar e avançar, diminuindo as taxas de juros e a inflação. Isso para o comércio significa segurança e possibilidade de novos investimentos”, observa o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Chapecó (CDL), Clóvis Afonso Spohr.
De acordo com o dirigente, a entidade buscou levar novas alternativas aos seus associados para motivá-los a continuar acreditando e enfrentar a crise que havia se instalado, principalmente mantendo-os bem informados e qualificados. “A CDL Chapecó promoveu em 2017 uma campanha inovadora: ‘100 anos, 100 prêmios’, como forma de estimular o comércio. Os resultados são positivos, portanto, acreditamos que conseguimos contribuir na melhoria do desempenho do comércio local”, pontua.
PERSPECTIVAS
Spohr acredita que 2018 será um bom ano para o comércio. “Teremos alguns acontecimentos importantes principalmente a eleição. Estamos na expectativa sobre qual o cenário viveremos de fato porque, hoje, isso ainda não está bem claro. Vamos passar por um pequeno período de instabilidade política, mas pelo que já aprendemos, superaremos isso com um bom ano”, considera.
O presidente da CDL Chapecó acredita que ocorrerá uma gradual retomada de crescimento econômico. “Muitas pessoas tinham projetos em 2017 que mantiveram sob controle para que a economia ficasse mais estável e segura. Felizmente, há um descolamento da parte política e econômica e os empresários se fixarão na questão econômica, que vem dando demonstração de recuperação. Através de reformas e esse novo espírito da economia teremos um bom crescimento em 2018”, complementa.
Spohr avalia que as questões políticas interferem, mas não ao ponto de atrapalhar a retomada da economia que já é sentida gradativamente. “A economia não vai se resguardar por causa da eleição, pode mudar alguns indicadores, mas o País não vai mais parar por causa de política”, reforça.
O dirigente espera que em 2018 a inflação fique muito próxima de zero e a economia se estabilize, alcançado um crescimento real de 5%. “É uma meta ousada e elevada considerando que estamos falando em número reais sem contar a inflação, mas acreditamos que no ano que vem teremos crescimento”, finaliza.
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