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IMUNIZAÇÃO

Chapecó organiza horário de vacinação contra a febre amarela

Por: LÊ NOTÍCIAS
23/01/2018 13:53
Em Chapecó, a procura pela vacinação é tímida, no entanto, houve um aumento pela busca de orientações acerca da doença (Crédito: Prefeitura de Chapecó) Em Chapecó, a procura pela vacinação é tímida, no entanto, houve um aumento pela busca de orientações acerca da doença (Crédito: Prefeitura de Chapecó)

Estados e municípios do Brasil já enfrentam filas e até mesmo a falta de vacinas para a prevenção da febre amarela. Apenas uma dose da vacina é suficiente para manter a pessoa imunizada durante a vida toda. Em Chapecó, a procura pela vacinação é tímida, no entanto, houve o aumento pela busca de orientações e verificação da carteira de vacina para conferir se o paciente está imunizado ou não.

De acordo com a enfermeira e coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Chapecó, Karina Giachini, em Chapecó há aproximadamente três mil doses da vacina. As doses vêm em frascos com 10 doses cada e após um frasco ser aberto, ele tem uma duração de seis horas. Para evitar o desperdício e poder atender o maior número de pessoas com a vacina, a partir de do dia 29 de janeiro, o município irá concentrar a vacinação contra a febre amarela nas unidades de saúde, nas segundas, quartas e sextas-feiras.

Segundo a enfermeira, a vacina está disponível nas 26 salas de vacinas da rede pública de Chapecó, localizadas nos Centros de Saúde da Família. A população deve levar documento pessoal e carteira de vacina, no s dois horários de atendimento, 7h30 às 11h30 e 13h às 17h.

O QUE É A DOENÇA?

A febre amarela é uma doença infecciosa, causada pelo vírus amarílico ou vírus da febre amarela, sendo transmitida aos seres humanos mediante a picada de fêmeas de mosquitos infectados, sobretudo dos gêneros Aedes aegypti (Febre Amarela urbana) e Haemagogus (Febre Amarela silvestre). Os macacos não transmitem a febre amarela, mas são os primeiros a adoecer e alertam os humanos do perigo da enfermidade. Não há tratamento especifico, sendo apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente em ambiente hospitalar.

SINTOMAS

As manifestações iniciais da doença são febre alta de início súbito, sensação de mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço, calafrios, náuseas e vômitos. Quando a doença evolui para a forma grave, há um aumento da febre, diarreia, reaparecimento dos vômitos, dor abdominal, icterícia (olhos amarelados, semelhante à hepatite), manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos no nariz e gengivas) e ocorre funcionamento inadequado de órgãos vitais como fígado e rins. A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação contra a doença.

VACINAÇÃO

A cobertura vacinal em crianças menores de um ano em Chapecó para Febre Amarela vem se mantendo adequado, o que indica uma imunização efetiva da população. O Ministério da Saúde indica, a partir de abril de 2017, uma única dose da vacina Febre Amarela para as áreas com recomendação vacinal em todo país. A dose de reforço não é mais recomendada por considerar que a imunidade protetora desenvolve-se em 30 dias para cerca de 99% das pessoas vacinadas.

QUEM DEVE TOMAR A VACINA?

Crianças de nove meses de idade até pessoas com 59 anos de idade, a partir de 60 anos deve-se receber indicação médica se forem se deslocar para áreas com transmissão da doença. A vacina deve ser tomada 10 dias antes da viagem para proteção. A pessoa que recebeu uma dose da vacina de febre amarela ao longo da vida, portanto, será considerada vacinada.

CONTRA INDICAÇÃO DA VACINA

É contra indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando, portadores de doenças autoimunes e doenças neurológicas, crianças menores de seis meses de idade.

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Santa Catarina tem 162 municípios com área de recomendação vacinal. Chapecó está entre esses municípios, porém não há motivo para busca da vacinação de forma indiscriminada, pois a cidade não tem evidências e risco de circulação viral. O Estado não registra casos de febre amarela em humanos desde 1966 e nos últimos dez anos, Chapecó registrou 17 casos suspeitos da doença, desses, seis residentes do município. Todos os casos foram descartados por diagnóstico laboratorial.


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