Por Vitória Schettini
A reunião ordenada de objetos de interesse estético, cultural ou científico é a definição de coleção, paixão que o xaxinense Rodrigo Duz tem desde criança. Nascido e criado no município, ele conta ao LÊ NOTÍCIAS que coleciona desde os 10 anos, ainda na década de 1990 e que sempre teve o apoio da família e da esposa Rafaela. À época, os objetos escolhidos para colecionar foram figurinhas em geral, sobretudo da Copa do Mundo de 1990, que aconteceu na Itália.
Posteriormente às figurinhas, passou a agrupar cartões telefônicos, os quais foram extintos com invenção do celular e então, finalmente ele aderiu às coleções de cédulas e moedas. Na locadora onde trabalha, ele também montou sua loja de venda de compra de artigos de colecionismo, a RD Coleções, sendo o único estabelecimento desse estilo na região, há aproximadamente um ano, onde comercializa carrinhos da marca Hot Wheels, cartões telefônicos, figurinhas em geral, cédulas nacionais e internacionais, além de moedas do Brasil e do exterior.
“A partir de um período da minha vida, eu comecei a acumular muitos objetos e eu parti para a venda. Hoje o meu hobby é a minha profissão. Atualmente, eu organizo as coleções de cédulas por estampa e quanto às internacionais, ordeno por continente e em seguida por países, em ordem alfabética. As notas são todas novas, chamadas de flor de estampa, além de nunca terem ido para circulação, assim não estão riscadas, amassadas ou rasgadas”, revela.
Rodrigo salienta que a cédula mais valiosa que tem é uma de 50000 cruzeiros, produzida em 1994, conhecida como “nota da baiana”. Além de ser uma nota rara de se encontrar, no mercado de colecionadores ela vale entre R$ 600,00 a R$ 650,00. Ainda, evidencia que tem todas as cédulas após o período dos réis, ou seja, de 1942 em diante. O numismático, nome dado aos colecionadores de dinheiro antigo, totaliza cédulas internacionais de 141 países, sendo que a maioria foram notas trazidas por um amigo que é proprietário de uma agência de viagens e outro amigo que mora na Espanha, mandando notas ou trocando outras com ele. Ele organiza as cédulas internacionais levando em consideração os 142 países que Organização das Nações Unidas (ONU), considera como países independentes.
MOEDAS RARAS
No momento, ele coleciona apenas moedas brasileiras, que são originárias desde o período do Brasil Império (1822 – 1889) até os dias atuais. As moedas mais raras, segundo Rodrigo, são as que compõem a Série da Vicentina, sendo seis moedas as quais atualmente, valem R$ 900,00 no mercado de colecionadores. Dentro desse grupo, a mais rara é a de 500 réis, chamada de “coletinho”, que vale cerca de RS 650,00.
Quanto a mais valiosa, é uma moeda de 100 réis, produzida em 1871, a qual a tiragem foi de 143 unidades e no mercado, vale cerca de R$ 35.000,00. Ainda, há o conhecido “casal
DESEJOS PARA O FUTURO
Rodrigo Duz conta que gosta muito do que faz e pretende expandir o negócio no futuro. “Um colecionador nunca para, já que ele sempre vai precisar cada vez mais de objetos. No total, eu tenho 588 notas, contudo ainda faltam mais de cem para terminar a coleção. A minha intenção é crescer cada vez mais, buscando novas cédulas e moedas para colecionar e também para oferecer aos meus clientes”, finaliza.
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