Coleta de últimos documentos encerra Processo Diocesano para beatificação de Frei Bruno

Por Vitória Schettini

Nesta quinta-feira (1º), a comissão que está organizando o processo de beatificação de Frei Bruno Linden se reuniu na Paróquia São Luiz Gonzaga para ajeitar os últimos detalhes do encerramento do Processo Diocesano. Na ocasião, estiveram presentes o Bispo Franciscano da Diocese de Joaçaba Dom Mário Marquez, o Padre Davi Lenor Ribeiro dos Dantas e o vice-postulador Frei Alex Ciarnoski.

Em entrevista ao LÊ NOTÍCIAS, Dom Mário Marquez destaca a importância dos eventos que acontecerão no dia 25 de fevereiro, às 8h, na Paróquia Santa Terezinha, em Joaçaba. “Todo ano, acontece a romaria e a caminhada penitencial de Frei Bruno. Haverá uma celebração solene, para o conclusão dos trabalhos e em seguida, a caminhada penitencial, no cemitério, onde celebraremos com a santa missa. Será um momento forte e de muita emoção. Após as celebrações, os documentos relacionados à beatificação de Frei Bruno serão encaminhados a Roma, pelos vice-postuladores da causa.

HISTÓRICO

O início dos trabalhos para que Frei Bruno se tornasse santo começou em 2012, quando houve a solicitação para a abertura do processo, ou seja, da autorização para dar rumo ao encaminhamento de Roma. Após, foi feita a análise da vida pessoal e presbiteral de Frei Bruno para verificar se houvesse algo desaprovasse o processo. Posteriormente, veio o resultado positivo para o seguimento dos trabalhos.

Uma comissão foi nomeada e o Tribunal Eclesiástico foi instalado para dar continuidade às documentações e aos processos. Atualmente, na fase final, a comissão está finalizando a parte diocesana, da preparação dos documentos para serem levados por meio dos postuladores a Roma. Em seguida, haverá a resposta sobre a possível beatificação de Frei Bruno.

Para o Padre Davi Lenor Ribeiro dos Dantas, Frei Bruno já é considerado santo pelos xaxinenses, mas ainda não oficialmente pela Igreja Católica. “Ele foi e é muito querido por todos e devido a tantos testemunhos, isso instigou a Igreja a investigar o caso. A nossa maior dificuldade é trabalhar com arquivos, relatos e fatos de 50 anos atrás, quando as pessoas viviam na informalidade e não costumavam documentar o que acontecia, de forma escrita. O documentar é algo recente, com fotos, vídeos e arquivos digitais”, conta ao LÊ NOTÍCIAS.

Além disso, ele ressalta que 40 testemunhas foram ouvidas, entre leigos e freis, que conviveram ou tiveram algum contato com Frei Bruno. “Nós coletamos muitos documentos e no dia 25 de fevereiro, as pessoas que forem a Joaçaba participar da caminhada penitencial e da romaria, poderão ver a quantidade de arquivos que conseguimos, editando, redigindo e traduzindo para o italiano, a fim de serem levados a Roma”, salienta.

Para o Processo Diocesano, foi instalado o Tribunal Eclesiástico, que verificou a parte documental, pesquisa, ouviu pessoas e redigiu os testemunhos. Ainda, há a equipe histórica, a qual escreveu um livro sobre Frei Bruno.