Um céu de brigadeiro, um dia de verão e uma teoria sobre algo concreto e imutável: a grande insignificância humana perante a pequenez da ideia de supremacia social. Questiona-se como pessoas, algumas multimilionárias e pobres de espírito, outras apenas por ter um ego inflado, podem imaginar que a postura terráquea gera grandiosidade diante da insignificância humana.
Ao olhar para uma pequena estrela (daqui, mas com grandiosidade suficiente para brilhar), sabemos que lá, onde ela está, é certamente muito maior que o Sol, mas seu calor e predominância não atingem os humanos.
Agora para-se para pensar, será mesmo, que num universo infinito, lotado de astros, somos únicos e com moral suficiente para ser melhor que o próximo? De que adianta tamanha estupidez, acúmulo de ganância, divisões de classes, geração de riqueza e manutenção da pobreza, se somos apenas, quem sabe, um grão de areia perante a grandiosidade infinita intergaláctica?
No Oriente Médio, por exemplo, mais especificamente na Síria, onde nunca se matou tanto antes desde o início da guerra. Crianças sangrando, sem saber o motivo, homens e mulheres buscando abrigo em outros países, e muitas vezes sendo “negados” por serem imigrantes. Que mundo é esse, qual o motivo do sangue explícito? Territórios e linhas imaginárias de divisão...
Talvez, podemos nos espelhar nos felinos para, sempre que necessário, tomar atitudes parecidas e se reservar mais, se expor cada dia menos e aprender que, mesmo com garras e rugido, somos apenas mais um filho do sistema podre que acredita que se sobressai quem tem a conta bancária mais lotada. Quem são os verdadeiros ricos? Os de espírito, àqueles que têm consciência que somos apenas um cisco ou então os donos das cadeiras cativas no ápice do gráfico que divide os humanos – muitos com ego podre e certificado de suprassumo social?
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