Na última semana, desabafos de moradores da área central de Xaxim tomaram conta das redes sociais. E com razão. Não obstante o esforço que tem sido envidado pelos órgãos públicos envolvidos na persecução criminal na busca de medidas judiciais que minimizem os transtornos causados principalmente pelo abuso de instrumentos sonoros, a incômoda situação persiste.
E por que isso? Ora... Muito pouco adianta – a história infelizmente tem mostrado isso, em qualquer rincão deste País – a utilização de soluções coercitivas e punitivas – e é o que está ao alcance dos órgãos incumbidos da persecução penal – se não há uma mudança coletiva de postura em relação a um tema. E, no que toca ao som alto, ainda que alguns personagens sejam trocados (principalmente depois de ter a perda do som decretada judicialmente, juntamente com uma sentença condenatória pela prática de uma contravenção penal), a triste história permanecerá.
Muito mais que a atuação na última esfera (a criminal), a mudança da realidade passa, invariavelmente, pela mobilização social; pelo engajamento comunitário; pela educação nas escolas e, principalmente, pelo desenvolvimento da empatia – a arte de compreender, emocionalmente, a situação do outro.
E nem se diga que há um conflito entre “direito à diversão” e “direito à paz”; há limites pre-estabelecidos legalmente para qualificar um ato como de perturbação ou não. Independentemente da hora do dia.
Voltamos à primeira coluna: por que não começar a mudança agora?
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