A Democracia, a maior e talvez a única forma capaz de dar poder de escolha àqueles que querem ser comandados, é sim frágil e pobre no Brasil. Na terra de Pedro Álvares Cabral, aquele português esperto, cuja inteligência, foi capaz de tirar proveito até mesmo do que diz respeito ser ele, e somente ele, descobridor destas províncias.
Tirando o que se sabe deste fidalgo capitão-mor, assassino de primeira, o que restou deste pobre país, desde os primeiros nomes que apelidaram, Monte Pascoal, Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz ou Brasil, a patética nação que ao contrário de oferecer, tira de sua gente. Foi assim desde o princípio.
A tese afirmada de que, oferecendo o poder de escolher seu mandatário, dá ao cidadão maior credibilidade às conquistas dos sonhos, é uma aleivosia. A Nação é feita de maioria absoluta de tolos e, por não verem e acreditarem no que lhe é oferecido, atiram-se cegamente em determinada ideia, acreditando em tudo o que escuta e recebe diariamente. Mostra que o conceito de democracia é apenas no direito de escancarar o que pensa, não medindo consequências do aumento da idiotice.
Ser idiota não é um direito de escolha, mas uma imposição. Ocorre de cima para baixo e, por falta plena de conhecimento e discernimento do que é bom ou ruim, segue. Segue cego. Cego porque, quem o guia, coloca em seus ouvidos o que há de pior, de caos, de erro, de tropeço, de desgraças e infernos para, diante de sua inocência de discernir o certo do errado, vai ao seu lado, acreditando, buscando fazer o melhor.
Diante disso, ao seguir em busca de um sonho, de alegria, felicidade, plenitude e redenção de suas tristezas e dores, acredita, e por isso se joga, mergulha forte em qualquer engano entendendo que, seguindo, está fazendo o curso certo em busca da felicidade sua, da família, da comunidade onde vive.
A eleição para presidente é mais ou menos isso. Tem-se uma Nação destruída, mas um povo que quer sonhar e alcançar plenitude. Por assim dizer, vê-se muitos, gente de boa alegria e vontade de vencer, depositando fé eleitoral em fraudes que nunca, em nenhum momento da história, se comprometeu com algo valoroso para um povo feliz.
Valentes, guerreiros, mas todos desarmados de má fé, acreditam que um palhaço que ri da idiotice de uma Nação inteira, fale, faça e siga empunhado com a adaga, corte profundamente a jugular no aplauso do boi em abate. Isso quer dizer que, sim, o país é feito de tolos, patéticas pessoas que, mesmo sonhando com um país melhor, acredita na pior rota. A democracia está ameaçada. O boi, então livre no pasto, está sendo cercado sem perceber e, quando ver, está no caminho para o sacrifício. É a democracia da escolha. O boi, sem saber, vai sendo conduzido para ser ferido, mortalmente, na jugular e ver o próprio sangue verter diante de seus olhos. Rindo, feliz, morre despercebido.
A democracia tem estas vantagens de, embora o direito de escolha, fica feliz em ir na direção de seu assassino. De fato, está morrendo.
Editorial escrito pelo editor-chefe Marcos Schettini.
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