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A Independência de Angola

Por: Frei Luiz Iakovacz
11/11/2016 14:17 - Atualizado em 11/11/2016 14:17
(Foto: Divulgação/LÊ) (Foto: Divulgação/LÊ)

No dia 11 de novembro, Angola comemora sua Independência. Esta efeméride acontece quando, de um lado, Portugal está fragilizado por conflitos internos e, de outro, o anseio de “libertar Angola do colonialismo, da escravatura e da exploração”. Os Livros de História trazem longos textos sobre o assunto, dos quais podemos destacar alguns tópicos.

No dia 04 de janeiro de 1961, na região de Malanje, os trabalhadores de algodão, “armados de catanas e canhangulos (espingardas artesanais) mobilizam-se num levante contra a exploração, e destroem plantações, pontes e casas”. Portugal reprime a revolta. Este fato é lembrado, pelos moradores, como o “Dia dos Mártires da Baixa Cassange” e o início da luta pela Independência.

Um (01) mês depois, 04 de fevereiro, em Luanda, um grupo do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) invade a Casa de Reclusão Militar para libertar alguns detentos. Portugal reage e faz muitas vítimas. Para o partido (PMLA), este é o início da Guerra pela Independência.

Fatos semelhantes acontecem com o FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), em Ambriz, e com a UNITA (União Nacional para a Libertação Total de Angola), em Huambo. Todos reivindicam, para si, o início da libertação.

Essas dissenções internas, aliadas ao forte senso tribal e o acentuado regionalismo, dificultam a construção de uma aliança nacional, dizem os historiadores.

Depois de 14 anos, em julho de 1974, há o cessar fogo. Em 15 de janeiro de 1975, assina-se o Acordo Alvor entre Portugal e os partidos angolanos. Compôs-se um Governo de Transição até 11 de novembro, data oficial em que Angola será proclamada um país independente e soberano.

A partir de então, muitos portugueses regressam ao país, e Angola ficou sem a mão-de-obra qualificada. Porém, o mais agravante foi o conflito interno entre os partidos pelo “controle das diferentes regiões de Angola e pela composição do novo governo”.

Apoiados pelo interesse de outros países e, por eles financiados, Angola se digladia numa desumana e cruenta Guerra Civil (1975 -2002).

Ao todo, foram 41 anos de sofrimento do povo. Muitos morreram pelas armas, mas a maior parte foi de fome. Uns, por segurança, procuram instalar-se nas grandes cidades, especialmente, Luanda; outros emigram para países vizinhos.

O MPLA, apoiado pela Organização da Unidade Africana (OUA), foi o partido que predominou durante todos esses anos. O primeiro presidente foi Agostinho Neto (1975 -1979), substituído por José Eduardo dos Santos que se mantem no poder até hoje. As eleições se realizam de cinco em cinco anos e, em todas elas, ele é vencedor. Também, em todas elas, a oposição denuncia que houve manipulação.

Hoje, o país está se desenvolvendo a olhos vistos, em todos os níveis, embora a pobreza e a educação sejam duas chagas que atingem, diretamente, o povo. A Organização Transparência Internacional classifica Angola como um dos países mais corruptos. Como aconteceu com o profeta Elias, 700 anos antes de Cristo, ainda hoje, todos os países têm um “longo caminho a percorrer” (1Rs 19,7).


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