Muito Amin e pouco Bornhausen
A chamada chapa dos sonhos com Ângela Amin de vice, Esperidião para a Câmara e João Amin pela reeleição na Assembleia, é a provocação que, de modo subliminar, tem os recados de Jorge Bornhausen. O ex-governador e ex-senador tem se dedicado à saúde da esposa que, desde fevereiro, encontra-se hospitalizada. No jogo sucessório, e fora das urnas eleitorais desde sua saída do Senado, está apenas jogando de modo distante. Se de um lado não há nenhum nome de seu DNA no comando político com mandato, do outro, Amin conta com o filho e, possivelmente, a esposa em outubro. A senha, por si, é clara. Se não há mistura de sangue, há dúvida de certeza.
O Fundam pode não acontecer por questões técnicas e pode dificultar mais a situação das prefeituras?
Claro que sim. Os recursos são uma forte alavanca para que todos possam utilizar em favor de ações que vão beneficiar diretamente o cidadão. O governador Colombo deu grande perspectivas da chegada deste socorro a todas as prefeituras e até agora não aconteceu. Sei que não é por vontade dele, mas não temos explicações para serem dadas. Estamos amarrados.
Qual a saída para esta situação?
Não depende de nós. Os prefeitos estão vivendo suas agonias. E não estamos falando da oposição, que é própria da democracia, mas todos nós nos organizamos para fazer as coisas acontecerem com estes recursos prometidos. Não posso falar em nome da entidade, mas o que sabemos é que há uma insatisfação gritante. Não se escuta o barulho porque este silêncio é ensurdecedor. É só ligar para qualquer um deles que todos vão falar a mesma coisa. Nós temos nos virado da maneira que podemos, com máquinas sucateadas e uma série de problemas que todos já sabem. A única saída é os recursos aparecerem. Não tem outra forma.
Culatra
A estratégia de Júlio Garcia de jogar, no colo de Milton Hobus, elogios a fim de inflar no deputado de Rio do Sul o desejo de disputar a majoritária, batendo de frente com seu colega de bancada e presidente do PSD, ruiu. A unidade segue.
Blindada
Júlio Garcia vai precisar bem mais que palavras para romper a película protetora de unidade dentro do PSD. O nome que ele tinha para se inclinar neste movimento, tirou da Alesc para o TCE ocupando seu lugar. Foi outro round.
Recado
Vitaminado pelas afirmações de Jorge Bornhausen em direção ao seu desafeto pessedista, Garcia assume a filiação para mostrar que, em outro partido, mostraria a fragilidade que não possui. A Nota Oficial do PSD foi as boas-vindas.
Numeral
A demonstração de força e enfrentamento que tem afirmado desde o lançamento de João Rodrigues, o ex-conselheiro vive-se deste jogo para medir quem, dos dois, tem mais poder de fogo. Até agora, o placar lhe tem sido desfavorável.
DNA
Como deve transferir o partido para Antonio Ceron conduzir os debates, pela presença do prefeito de Lages no grande movimento do Sul que Merisio organizou com prefeitos, sua saída da presidência não diminui influência.
Atrasada
A página oficial do PSD na internet está devendo informações da composição atual da Executiva. O nome que Garcia teria como voz interna, Zé Nei Ascari, como secretário-geral, é inexistente. Com sua saída, Merisio dominou geral.
Andando
Eduardo Pinho Moreira ri a distância do episódio em, que, dando certo, é o maior beneficiado. Enquanto irmãos brigam pelo controle da saia da mãe, ele vai construindo seu governo e afinando a batuta para reger a moda manda brasa.
Dupla
Os dois César Souza, pai e filho, estão longe do calor verbal mas, de modo subliminar, atuam esperando o momento certo. O herdeiro, ainda sob o efeito doloroso de sua saída da disputa municipal, com grito preso, não vê a hora.
Divisor
Será dia 07 de abril, Dia do Jornalista, que o segundo ato político começa dentro dos partidos. É o prazo de troca e desincompatibilizações que vai dar a direção de acordos e confrontos. O show esperado está no PSDB, PSD, PP e MDB.
Saída
A insatisfação de Joares Ponticelli com o PP, tem sido a tônica para o encontro que Paulinho Bornhausen vai realizar em favor do prefeito de Tubarão no dia 4 de abril com Gigante Buligon, Fabrício Oliveira, Cleiton Salvaro, Patrício Destro e Murilo Flores.
Investida
Paulinho Bornhausen está construindo sua participação na sucessão e tem, até a data limite de janela, para ampliar o processo. Desde 2002, na desastrosa chapa única do PP, que vem sonhando com o Senado. Não quer errar.
Elo
Ao anunciar que seu nome ao Senado é Colombo, Jorge Bornhausen manda um recado ao PSDB, PP e PSD para unir esforços em direção a Paulinho rumo à Câmara Alta. Seria a deixa para que Raimundo assuma-se como líder desta intenção.
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