Os movimentos que estão sendo feito hoje para demonstrar amor e ódio ao ex-presidente Lula, pedindo a cabeça ou mantendo-a em seu pescoço, mostra um país completamente dividido, há anos, pelos grupos contra o PT e os que estão a favor desde a eleição de 2006 quando, reeleito mesmo diante das acusações do mensalão, ele conquistou novamente à Presidência.
Lula da Silva, como este editorial afirma, consegue de fato mobilizar tudo que está ao seu redor. Não é somente um líder de massas que o admiram e enaltece, mas os que o querem morto. Este fenômeno está expresso diretamente na luta de classes em que se colocou o Brasil desde a redemocratização conquistada na eleição de Collor de Mello, o primeiro presidente eleito pelo povo nas urnas.
A democracia está ameaçada de todos os modos. O primeiro é que, se Lula da Silva não for preso, os que querem sua prisão, vão às ruas condenar a decisão. Do mesmo modo se, ordenada a prisão, os meios de comando marxistas vão colocar seus blocos em enfrentamento.
O STF está em uma encruzilhada que, como nunca, coloca em osso exposto, uma decisão que é, sim, aquela em que afirma-se “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come” e que, por conta disso, pode tirar sua autonomia e respeito diante da sociedade.
O terror que tem tomado as ruas de todos os lugares mostra que a antecipação da eleição presidencial é sim um grande problema que pode ameaçar, de vez, a democracia brasileira. O que se levou a isso? Corrupção ou confronto ideológico que marca todas as eleições em que, esquerda e direita, não aceitam o resultado das urnas. Tudo isso, como se sabe, é a divisão da sociedade, mesmo nos blocos ideológicos onde se percebe que a esquerda, dividido entre nomes como de Marina Silva, Ciro Gomes e Lula da Silva, entre outros, estão em igual, enfrentamento de linha.
No mesmo modo, na direita, a divisão entre Bolsonaro, Geraldo Alckmin ou o próprio Rodrigo Maia, põe em xeque os ideais de poder para saber, qual deles, tem capacidade de colocar o Brasil nos eixos.
Seja qual for o resultado de hoje, não vai ficar pedra sobre pedra. O Brasil que vai sair de hoje, não será mais o mesmo.
Escrito pelo editor-chefe do LÊ NOTÍCIAS, Marcos Schettini.
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