Diante de tudo que estamos vivendo atualmente no Brasil, vale refletir o que disse o magnífico poeta Agenor de Miranda Araújo Neto, através da música, em um álbum lançado em 1988, onde diz que o futuro vai repetir o passado. E não é mesmo que ele tinha razão?
O País hoje é outro, mas muitas coisas que estão acontecendo se assemelham às vividas nas décadas de 60, 70 e 80. Ícone da música brasileira, Cazuza tinha a linda habilidade de, em poucas palavras, expressar entrelinhas tudo aquilo que vivia-se na época. No mesmo ano em que foi promulgada a Constituição Federal e às vésperas da primeira eleição direta após a Ditadura Militar, ele dizia que a piscina estava cheia de ratos e então podemos fazer uma analogia a 2018, onde vemos um quadro político totalmente podre e infiel.
Com as ameaças do general do Exército caso o Habeas Corpus de Lula fosse aceito, o passado se assemelha ao presente, deixando todos contra o muro, sem poder respirar. As redes sociais hoje dão vozes para que todos falem aqui e acolá, mas Cazuza volta a ter razão, pois a metralhadora está cheia de mágoas e as ideias não correspondem aos fatos. Poxa, Cazuza, por que ser tão bom assim?
Incrivelmente, o museu de grandes novidades continua o mesmo, mas o tempo não para, então diariamente procurando agulha nos palheiros, ficamos cansados de correr em direção contrária, pois assim nos tornamos ainda mais brasileiros, sem pódio de chegada, sendo apenas mais um cara.
Na questão social, Agenor foi pragmático: é matar ou morrer, mas te chamam de ladrão. Então ainda lhe chamam de bicha e maconheiro, transformam o país inteiro num puteiro, pois, segundo Cazuza, assim se ganha mais dinheiro.
A TUA PISCINA TÁ CHEIA DE RATOS E O TEMPO NÃO PARA. Cazuza, você é demais!
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