OAB de SC prepara sucessão
Paulo Brincas, presidente da OAB de SC, desce na sexta-feira em Chapecó para um grande evento voltado aos ex-presidentes da subseção local. Com Rodrigo Collaço, presidente do Tribunal de Justiça, o tema será voltado aos desafios, principalmente neste momento eleitoral. Mais que isso, Brincas não vai para a reeleição porque, quando disputou em 2015, afirmou que era apenas um mandato. No PR, o mesmo grupo comanda a instituição de lá por 60 anos, a mais antiga do país por abolir a reeleição. Um exemplo para SC garantir rotatividade e oportunidade a todos que desejam assumir o desafio de liderar os quase 36 mil advogados do Estado. Entre outros nomes da atual diretoria, o tesoureiro Rafael de Assis Horn (foto) vai ficando forte na apreciação da base em favor da sucessão, justamente por sua juventude, capacidade de raciocínio e talento.
O governador Eduardo Pinho Moreira acena duas vagas para o PSDB fechar uma coligação. É o caminho para vencer a eleição?
Caso isso aconteça, será uma excelente equação. Mas eu também vejo como importante a inclusão do PR, com o Jorginho Mello, e o DEM, com o João Paulo Kleinübing. E sempre com “um olho” na geopolítica, também defendo a participação de um candidato do Oeste, como Valdir Colatto como candidato a senador.
Se os tucanos fecharem com o MDB, como o Sr. vai fazer para produzir votos a Jair Bolsonaro?
Não vejo problema nisso, até porque vamos ter muitos partidos na nossa coligação e alguns deles com candidatos diferentes a presidente. Veja um exemplo, o PR provavelmente estará na nossa coligação e o Magno Malta deverá ser o vice do Bolsonaro. E todos sabem que já estou decidido há muito tempo em relação ao voto para presidente. O meu candidato será Jair Bolsonaro.
Presença
O palco da ExpoFemi em Xanxerê, no último final de semana, mostrou o avanço das intenções de Eduardo Moreira de permanecer na Casa d’Agronômica por mais quatro anos. Do tempo em que ficou no chão de Gelson Merisio, assumiu-se totalmente.
Virou
Marcos Vieira, o mais evidente quadro pró MDB, mantém-se silencioso, embora seus gestos claros de aproximação. Não diz, mas sabe que o projeto Paulo Bauer é desafio distante. A Hypermarcas é um muro muito alto para o PSDB.
Pressão
O presidente do PSDB de SC não tem compromisso com vice ou ao Senado, trabalha para ele mesmo. Observando que as denúncias é veneno de suicídio assistido, vê o sonho de governo distanciar. Portanto, coligação que olha, tem Marcos Vieira presente.
Coligação
Os tucanos estão na esquina conversando com pessedistas e ulyssistas, olhando o menor tropeço. Neste caso, o MDB é a melhor rota porque, com dois assentos na majoritária, não tem o que discutir. O PSD tem o trem cheio, com uma cadeira vazia.
Lógica
No entendimento de chegar ao poder por espaço, duas vagas atraem melhor que uma. Na verdade, o PSDB vai olhar para o parceiro mais atraente com poder de corrida, garantia de sustentação disso e, de quebra, um sorriso maravilhoso para a proporcional.
Firme
Mauro Mariani é o quadro mais importante do MDB em um acerto feito. Está nele a decisão de disputar ou não mesmo com o governador dando-lhe a palavra. Se quiser, é o nome para subir no ringue. A questão é se Marcos Vieira sobe junto.
Força
Não há dúvidas de que o MDB, como mostrou em São Lourenço do Oeste, é o partido forte, organizado e com fartura de quadros. Com a estrutura do Estado à disposição, tem a obrigação de ganhar o pleito e oferecer tudo para isso acontecer.
Sentimento
O partido de LHS não é mais o mesmo. Embora com Dário Berger, Mauro Mariani, Eduardo Moreira, mandando bem na Alesc, com prefeitos, vices e vereadores a granel, se não tem capacidade de construir uma coligação para vencer, fecha e apaga a luz.
Recado
Eduardo Moreira deixou claro que estava voltando para Florianópolis com Marcos Vieira a bordo. O presidente do PSDB foi o único da cúpula do partido que apareceu na festa do cereal. Bauer, o nome, nem foi citado. Ou seja, para bom entendedor.
Inversão
João Paulo Kleinübing vai anunciar, amanhã, seu nome como pré-candidato a governador. Está buscando o espaço que merece. Pela lógica, o DNA de seu pai é aquele de correr o mais longe do MDB. Na prática não é assim. Hoje, é o PSD o vilão.
Fechou
Se Kleinübing for com o governo, vai ter que entender a lógica dos espaços. Somado ao MDB, terá que bater de frente com Jorginho Mello. O PSDB, garantido, tem duas vagas e o PR vai querer uma. Majoritária de cinco, não existe. João sabe.
Aproximação
João Kleinübing vai dizer o que quer e quem não quer. Sua saída do PSD aponta que cansou. Nesta demonstração, voltar para os braços do mesmo grupo, só com Esperidião Amin liderando. A velha amizade de seu pai pesa muito na decisão.
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