Por Axe Schettini
Iniciou às 13h desta quarta-feira (02), no Fórum da Comarca de Xaxim, o Tribunal do Júri que julgou e condenou Vanderlei Veiga, de 40 anos, a 12 anos de prisão em regime fechado por ter assassinado o próprio irmão. O condenado sofre de Transtorno do Humor Bipolar e já cumpriu quatro anos de internação, então a pena será substituída por, no mínimo, mais um ano no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), em Florianópolis. Após esse período, Vanderlei Veiga será reavaliado pelo Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina (IPQ), pelos advogados, Ministério Público e Poder Judiciário, para decidir se ele será reintegrado à sociedade.
O Tribunal do Júri foi presidido pela juíza de Direito da 2ª Vara da Comarca de Xaxim, Vanessa Hauphental, sendo que na acusação, representando o Ministério público, esteve o promotor de Justiça Diego Barbiero. A defesa de Vanderlei Veiga foi realizada pelos advogados Davi Vartha e Daiane Aparecida da Cruz Lazzarotto.
LAUDO PERICIAL
No dia 21 de maio de 2013, Vanderlei Veiga passou por uma avaliação psiquiátrica no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, onde o médico-perito Marcos José Barreto Zaleski diagnosticou que o paciente é portador de sinais compatíveis com Transtorno do Humor Bipolar, com sintomas psicóticos. Na época, foi analisado que o quadro clínico de Vanderlei é caracterizado por evolução crônica, sendo sujeito a crises de reagudização psicótica, podendo mostrar-se impulsivo, agressivo e violento.
Ainda, em 2013, o Laudo de Sanidade Mental apontou que Vanderlei mantinha sua capacidade de entendimento com relação aos seus atos e as consequências possíveis, alegando ter apenas se defendido das agressões do irmão, sendo então considerado semi-imputável.
RELEMBRE O CASO
Por volta das 5h30 do dia 09 de fevereiro de 2013, Vanderlei Veiga, então com 35 anos, assassinou o próprio irmão, Ronaldo Veiga, que na época tinha 32 anos, com um golpe de faca, em sua residência situada na rua Júlio Lunardi, no bairro Guarany, em Xaxim.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Vanderlei já havia tentado matar Ronaldo em outras oportunidades, além de realizar ameaças constantes. No dia do crime, a vítima teria ingerido bebida alcoólica e passou a incomodar Vanderlei, o qual perdeu a paciência e desferiu um golpe de faca em seu irmão, com plena intenção de matá-lo. De acordo com o MP, Vanderlei agiu por motivo fútil, consistente na sua intolerância da perturbação de Ronaldo.
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