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Tempos de escolhas

Por: LÊ NOTÍCIAS
04/05/2018 16:58

Cada escolha, uma renúncia. Até na Bíblia, considerado o Livro perfeito, tem exemplos em que está deparada a certeza do livre arbítrio, isto é, ter a capacidade de tomar uma decisão em detrimento de outra, escolher aquilo e ignorar aquele e assim por diante. Na verdade, ao decidir-se por determinado lugar, não terá como estar imediatamente em outro. Isso quer dizer que ninguém pode acender uma vela para Deus e outra para o Diabo, se bem que este último gosta mesmo de trevas.

Trevas é o que o país está vivendo em ódio, intolerância e perseguição. Tem-se um Judiciário suspeito de isenção, um Legislativo capenga junto à sociedade, que, condenando-o, tem plena má fé de seus atos e, por último, o Executivo. Este derradeiro Poder, sendo ou não primeiro, segundo ou terceiro, depende diretamente da força da imprensa, o chamado Quarto Poder.

Aí, exatamente neste ponto, rádio, TVs e jornais, moram todas as dúvidas possíveis. Por que isso? Devido às posições tomadas que, sabe-se, joga para os poderes, os mesmos que ela protege. Proteção não para fomentar e se justificar junto, mas para proteger-se também. Principalmente as grandes mídias que precisam dos favores de todos eles, seja em que tempo for. Servem-se mutuamente.

Daí, então, é possível entender que aquela regra cuja escolha entende renunciar outra, não vale no raciocínio acima. Ao contrário, pode-se fazer as duas ao mesmo tempo. Exemplo disso é que, as grandes TVs nacionais, mergulhadas em dívidas de tributos, não são cobradas pelo Executivo, que este não envia para ser cobradas no Judiciário e que, quando se é solicitado, o Legislativo cria-se leis que zera o passivo. A resposta é que, quando tudo isso ocorre, a imprensa os protege. Não há renúncias e escolhas, apenas acertos.

Quem perde com isso é a sociedade, o fim da corda, a ponta do fundo, o quintal largado. Isso quer dizer que, quando se quer falar a verdade para fazer a sociedade pensar e ter sua emancipação e consciência, todos se unem para mantê-la na condição de zumbi.

Zumbis morais, aqueles mortos-vivos que vão às ruas pedir a cabeça de um presidente com as narinas entupidas e, no entanto, glorificam-se de soldados, paladinos da Justiça, em nome de um verdadeiro Legislativo, desatrelado e independente do Executivo. Ela, a imprensa, é isso mesmo. Se não entendeu bem, é o tapete serviçal dos Poderes. Todos eles. Se assim não fosse, nada estaria tão tranquilo em um país navegando no mais ardido mar de mentiras.

Neste caso, não há o que escolher e renunciar. Agora é tudo junto, misturado, único. Juntaram-se para não dizer nada, cegar muitos e ensurdecer a todos.


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