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Exclusivo | Derrota do governo na Alesc contou com manobra de Luciano Hang

Por: Marcos Schettini
08/05/2018 18:27 - Atualizado em 08/05/2018 18:27

Em entrevista concedida ao jornalista Marcos Schettini, em Florianópolis nesta terça-feira (08), o empresário Luciano Hang, das Lojas Havan, afirmou que a Medida Provisória 220/2018, assinada pelo governador Pinho Moreira, que reduz a alíquota do ICMS de 17% para 12%, atrapalha o setor produtivo de Santa Catarina. A MP foi revogada pelos deputados por 24 votos a favor e 12 contrários. Ainda, o empresário fez duras críticas ao PT, enaltecendo o mandato do presidente Michel Temer. “Fez mais em dois anos do que eles em 14 anos”.

Marcos Schettini: O senhor disse que o Eduardo Pinho Moreira não está entendendo de Administração? Qual o motivo disso?

Luciano Hang: Não. Eu disse que o Governo do Estado mandou uma Medida Provisória que acaba atrapalhando o setor produtivo e aumenta a carga tributária para os catarinenses. Nós, neste momento, estamos saindo da crise, onde não devemos mais aceitar qualquer aumento de impostos. Eu acredito que o Governo tem de fazer a parte dele. Reduzir, para que não haja aumento de impostos para Santa Catarina.

Schettini: Qual é a avaliação que o senhor tem do Governo Temer, do Governo Colombo e Pinho Moreira?

Hang: Por sorte, eu acho que o impeachment da Dilma e a entrada do Temer melhorou muito o País. Nós temos mais segurança, os empresários puderam trabalhar, puderam passar 2017 melhor do que os anos anteriores, inclusive com a Reforma Trabalhista. O Temer fez mais em dois anos de governo, do que o PT em 14 anos. Tanto, que quando ele chegou ao poder, tínhamos 14 milhões de desempregados e o País estava numa situação catastrófica. O Colombo fez um bom trabalho e espero que o Pinho Moreira siga o mesmo caminho, sem populismo. Faça o trabalho certo, que o certo dá certo.

Schettini: Quem é o seu candidato a governador em Santa Catarina?

Hang: Eu ainda não tenho, porque está muito cedo para ter um candidato, como também estamos procurando um presidente para os próximos quatro anos no Brasil. Eu acredito que nós temos ótimos candidatos. Só não quero gente de esquerda, de forma alguma.

Schettini: Por que o senhor não aceitou o convite de Jair Bolsonaro para disputar a eleição?

Hang: Nós conversamos e ele queria que eu fosse candidato a outros cargos no Estado, mas eu não tenho tempo agora. A Havan me consome 24h por dia, as lojas continuam crescendo em um ritmo acelerado e vamos continuar gerando cada vez mais lojas e mais empregos.

Schettini: Após uma manifestação da esquerda em Chapecó, o senhor disse que deveria dar pão e mortadela para eles, que criticam sua posição. Não é desrespeitoso?

Hang: Eu acho que não. Nós temos que colocar para a sociedade a verdade. Nós não podemos aceitar que quem mande nesse país, é quem não trabalha. Quem tem que lutar por esses País são as pessoas que acordam cedo, trabalham muito e dormem tarde. Este pais merece mais respeito da classe trabalhadora e as pessoas que lá estavam, na frente da minha loja, não tinham nada para fazer o dia todo.

Schettini: Qual é a divergência que o senhor tem com a esquerda? Eles são inimigos do Luciano Hang?

Hang: Não. Eu acho que o comunismo não deu certo em lugar nenhum do mundo. Agora faz 200 anos de Karl Marx e ele nunca conseguiu fazer um país dar certo. Dessa maneira, não é no Brasil que nós faremos dar certo. O comunismo não soma, ele subtrai e divide.

Schettini: Qual modelo de Presidente da República é o ideal para o empresariado?

Hang: Nós precisamos de um gestor, de alguém que entenda de contabilidade, que tenha vivência e que fez algo na vida. Nós passamos por pessoas que nunca fizeram nada na vida, só dividiram a população, incompetentes, que nunca fizeram nada. Esse era o tipo de pessoa que estava mandando no Brasil. Temos de colocar lá um gestor. Eu espero que encontremos essa pessoa, inclusive, que fala a verdade para o povo. Que não fique com populismo dizendo que vai dar tudo de graça, porque quando se faz isso, é com o dinheiro dos impostos.

Schettini: Qual é a análise do senhor sobre os militares assumirem o País?

Hang: Eu acho que os militares nem querem assumir o País. O que nós queremos é ordem e progresso, é disciplina, é um País cada vez melhor. O povo anseia para que o Brasil volte aos trilhos, que trilhe pelo lado certo, que tenha um objetivo, com menos anarquia, menos malandragem das pessoas que nunca fizeram nada. Eu estive há uma semana em Israel, que é um país pequeno, com 95% de deserto e é um sucesso mundial, porque lá eles acreditam no trabalho, no fazer bem feito. O catarinense pensa igual, eu sobrevoo Santa Catarina e vejo água, terra, vegetação e por que nós não damos certo? Porque nós acreditamos nas pessoas erradas. O Brasil que todos nós queremos vai mudar a partir de outubro.

Schettini: Quando o senhor diz Ordem e Progresso, não é ordem para os pobres e progresso para os ricos?

Hang: Não, eu vejo um projeto para o Brasil, para todos. Quando você cria emprego, empresas, você cria riqueza para todos. Eu já fui operário, meus pais foram operários, e nós só conseguimos crescer quando há empregos e empresas. Não é dizendo que vamos dividir e vamos tirar dinheiro do rico para dar para o pobre. Isso não existe. Se não tiver empresário, não existe empresa, não existe empregos e trabalhadores.


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