Plínio David De Nês é ele mesmo
Há quem olhe para o resultado negativo do placar para justificar a incapacidade de Plínio David De Nês não ser o nome ideal para ser presidente da Chapecoense. Ser dirigente de um clube com um nome reconhecido no mundo é honroso. O time que desapareceu deixou saudade e um desafio de missão quase impossível de reconstrução. E foi o nome de Plínio, avalista de si mesmo, pondo confiança de que era possível tirar, do nada, a reconstrução em direção ao todo. Não é fácil para ele, embora tenha atitudes que desgoste a uns, levar um coletivo a uma posição nunca alcançada como a tabela do ano passado. Perdeu jogos, perdeu a final em casa. Isso faz parte do futebol. A questão política é muito mais grave que apenas um resultado inicial de campeonato. Não se sabe se outro teria tamanho para tanto. Agora é somar esforços para garantir a presença na elite. E a missão não é apenas dele. É de todos.
O Sr. em um primeiro momento iria a deputado federal. Por que desistiu?
Fiquei muito feliz e honrado por ter o meu nome lembrado para uma candidatura para deputado federal. Isso é o resultado do meu trabalho na Alesc. Mas sempre deixei claro que busco a reeleição à Assembleia Legislativa e a consolidação do meu trabalho que foi focado em uma produção legislativa muito forte no sentido de melhorar e defender a vida dos catarinenses.
A derrota do governador Pinho Moreira foi uma demonstração de unidade do projeto Merisio governador?
Foi uma demonstração clara de que o governo articulou muito mal e rompeu a política de não aumento de impostos e harmonia constitucional implementada pelo governador Raimundo Colombo nos últimos sete anos em Santa Catarina, política esta que fez o Estado crescer, gerar empregos e se tornar um dos mais competitivos do Brasil. A admissibilidade da MP 220 colocava em risco a segurança jurídica e a economia do Estado, e por essa razão os parlamentares a rejeitaram de forma soberana. Votei pela convicção de que fiz a melhor escolha para os catarinenses.
Interessante
O termo de renomeação da presidência do partido que Gelson Merisio vai manter até 2019, estranhamente não era de conhecimento de Júlio Garcia. O maior opositor interno do deputado estadual estava inocente em suas investiduras.
Equívoco
Pior que estar inocente, é Júlio Garcia induzir seus próximos a propagar que, o afastamento de um novo mandato, implicaria em dar uma rasteira em sua construção rumo à majoritária de outubro. Por quê?
Ajuntamento
Mais que um simples rótulo para imprimir em uma coligação em construção, é desmerecer que os partidos ao redor do presidente do PSD não tem a importância que o ex-conselheiro atribui. A votação da MP 220 diz por si.
Aproximação
Vai chegar um momento em que, entendendo que o jogo é para fortalecer um projeto de alcance, Júlio Garcia vai se observar indo em direção ao ajuntamento que tanto negou. Sem opção, candidato deste grupo, vai se inclinar à altura.
Grandeza
Não seria nada humilhante para Júlio Garcia, o principal líder dos excluídos, se aproximar do grupo a qual faz parte. Não há nada que possa impedir um guerreiro tão importante de ser, ao lado de outro, condutor de um projeto de alcance.
Sorria
Há quem raciocine que o tutor de Zé Nei Ascari, pelo fato de se ver derrotado, em sequência, não desmerece sua altura de grande líder. Júlio Garcia é um quadro que todo partido teria que ter. Sorte do PSD poder afirmar que ele é tão importante quanto.
Servidor
Insiste-se no nome de Júlio Garcia sua fidelidade ao grupo que representa. Voz forte e inteligente, errou ao levar a faca e o garfo para os debates que, sabe-se, exigiam uma colher. Quadro de grande valia, faz bem o que é de sua altura.
Afinidade
Tudo o que o MDB e aliados não querem é ver o ex-conselheiro à frente da construção de um projeto ao lado do partido a qual está filiado. Como um líder, fazendo parte de um porta-aviões, vai atirar no timão da nau o tempo todo?
Fim
Garcia pode ter, ainda, as balas para atirar no condutor do projeto, mas em determinado momento, à medida que der chão firme será ele, provavelmente, por sua grandeza e altura, quem vai ser o grande anfitrião de tudo. Seu espírito é maior.
Lado
O PSDB de Marcos Vieira já almoça com Eduardo Moreira. O presidente do ninho voltou de Brasília mais consciente disso quando, livre para tomar a iniciativa e entender que para fortalecer Geraldo Alckmin, deve deliberar neste ajuntamento.
Valente
Paulo Bauer é um grande quadro do PSDB de SC e, pela experiência que demonstra, além da seriedade que lhe é particular, está sendo insuficiente para imprimir a tese de disputa. Sabe que, embora deseje este sonho, as condições limitam.
Transparente
O presidente do PT de SC preocupou-se com a decisão do judicial de bloquear seus bens. Afirmou-se tranquilo e que, nestes tempos de impeachment, Lula da Silva preso e perseguição ao PT, ele é mais uma iniciativa de um judiciário viciado.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro