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Manifestação de caminhoneiros é realizada em trechos de estradas federais em SC

Por: LÊ NOTÍCIAS
21/05/2018 15:32
No Oeste, atos acontecem nesta segunda-feira nos municípios de Joaçaba e Campos Novos (Foto: Divulgação/LÊ) No Oeste, atos acontecem nesta segunda-feira nos municípios de Joaçaba e Campos Novos (Foto: Divulgação/LÊ)

As manifestações começaram por volta das 6h na SC-437, próximo às Malhas Ferju e embaixo de um viaduto por onde passa o fluxo da BR-101. Os manifestantes colocaram fogo em pneus nos dois lados da rodovia, de forma que a fumaça chegava até a BR-101, e movimentavam-se para tentar aumentar o número de caminhões participantes do movimento.

Rodovias de quase todas as regiões de Santa Catarina têm paralisações. No Vale do Itajaí, próximo à região portuária, há manifestação na BR-470 e na BR-101. Outros três protestos na BR-101 ocorrem na região Sul. Na região Norte e Serra as paralisações são realizadas na BR-116, enquanto no Oeste há duas manifestações na BR-282, em Joaçaba e Campos Novos. Apenas na Grande Florianópolis não foram registradas paralisações.

Apesar da obstrução ser realizada apenas com os caminhões, os carros e motos que passam pelos locais são afetados com a lentidão no trânsito. Em alguns casos a pista fica obstruída nos dois sentidos e os veículos seguem pelo acostamento. Os manifestantes também queimam pneus próximo ao acostamento das rodovias, o que pode causar certa dificuldade na direção. “A PRF tem conversado com os manifestantes para que apenas realizem o seu protesto ou, no máximo, convidem os caminhoneiros a pararem, mas não os obriguem. O fluxo de veículos de passeio, emergência e transporte coletivo não têm sido alvo das manifestações”, explica o inspetor da PRF, Carlos Possamai.

Apesar da obstrução a veículos pesados e do trânsito lento nas rodovias, a PRF não registrou indícios de conflito entre motoristas e manifestantes — apenas discussão verbal. O Sindicato dos Transportadores Autônomos de Santa Catarina foi procurado pela reportagem, mas não atendeu às ligações para responder sobre a expectativa do fim da greve.

Manifestantes pedem redução no preço do diesel

O movimento foi convocado pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros deve ter adesão pontual em Santa Catarina, principalmente na região do Litoral Norte, em Itajaí e Navegantes; na Serra, em Lages; no Oeste, em Xanxerê e em Maravilha; e, possivelmente, também no Norte do Estado, em São Francisco do Sul. A mobilização nacional é motivada pelos seguidos aumentos no preço do diesel e quer pressionar o governo federal a atender uma série de reivindicações da categoria.

Por se tratar de uma paralisação de autônomos — trabalhadores que têm seus próprios veículos e prestam serviços sem a intermediação de transportadoras — as adesões são pulverizadas e sem liderança formal. Em Navegantes, por exemplo, o Sindicato de Transportadores Autônomos de Cargas de Navegantes (Sinditac) emitiu uma nota sobre a paralisação, cujo ponto de encontro será no pátio posto Santa Teresa, no Km 11 da BR-470.

Já em Maravilha, no Oeste, Mauricio Vendrame, diretor da Cooperativa Catarinense de Transporte de Cargas (Coocatrans), afirma que os 500 caminhões da empresa, que transportam grãos para seis estados, não vão pegar a estrada nesta segunda. Segundo ele, 50% dos custos do frete vêm do diesel, que passou de R$3 para 3,59 o litro no intervalo de 30 dias na cidade. “É uma necessidade parar. Não temos como absorver mais aumentos e não temos como aumentar nossa margem de ganho, já que todos os produtores também estão enfrentando dificuldades. A nossa única alternativa, então, é pressionar pela redução do custo do combustível”, justifica.

Com base em São Miguel do Oeste, o caminhoneiro Junior Bonora participou das paralisações em 2015 e acredita que o momento é favorável para a mobilização, mas que seria necessária a adesão de outros setores da sociedade para haver resultados. “O valor do frete impacta no preço de tudo que a população consome, mas se o caminhoneiro para a estrada, acaba sofrendo as consequências sozinho”, lamenta.

A mobilização nacional dos caminhoneiros pede a redução da carga tributária sobre o diesel. O setor reivindica que a alíquota de PIS/Pasep e Cofins seja 'zerada' e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Os impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. Segundo eles, a carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.

O aumento é resultado da nova política de preços da Petrobrás, que repassa para os combustíveis a variação da cotação do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo. Nos últimos meses, porém, o petróleo tem apresentado forte alta - na semana passada, chegou a bater na casa dos US$ 80 o barril, valor que não registrava desde novembro de 2014.

Postos

A reivindicação dos caminhoneiros é apoiada pelos donos de postos de combustíveis, que dizem estar perdendo margens com os aumentos de preços. Segundo o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, o setor vai sugerir ao governo a redução dos impostos sobre os combustíveis e também que a Petrobrás faça o reajuste em intervalos maiores.


Com informações do Jornal Diário Catarinense.


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