Editorial | A grandeza de Marema é sua simplicidade

Os municípios estão vivendo suas dores financeiras e o abandono, pleno, das autoridades. Lembra-se que, a significativa maioria confiou que os recursos do chamado Fundam, dinheiro que a gestão do ex-governador Raimundo Colombo criou para oferecer a cada uma das 295 comunidades, não aconteceu. Isso, por si, mostra mesmo que as lideranças prometem o que não podem cumprir.

Marema, por exemplo, um lugar de gente simples, com características rurais, está distante do principal asfalto que liga o Oeste ao Litoral, depende muito destas verbas que deveriam acontecer. Mas o pessoal daquela cidade tem mais vontade e fé que muitos dos grandiosos lugares como Joinville, Blumenau, Florianópolis ou Chapecó, para citar algumas.

O trabalho que eles realizam, são de si para si mesmos. E conhecedores de seus desafios e conquistas a serem feitas, dedicam-se às próprias iniciativas. E por serem simples o suficiente, sem arrumar chifre em cabeça de cavalo, fazem as coisas acontecerem.

Tem os atrapalhos políticos, naturais em todos os lugares, que dificultam muitas coisas, por exemplo, a falta de sensibilidade dos vereadores, mas no restante, tudo dá certo porque o prefeito Adilson Barella, funcionário público estadual, é um rapaz de boas intenções.

Ao criar, ao lado de sua equipe, a Festa da Polenta em comemoração ao aniversário da cidade, vai dar um novo momento para sua gente. Comida típica das pessoas que lá vivem, em sua maioria descendentes de italianos, vai reunir seu povo para dizer para eles que, as dificuldades por que passam todos os municípios do país, não significa que Marema esteja parada.

Barella tem feito o que pode, viaja a Brasília, vai a Florianópolis pedir a atenção dos deputados federais e estaduais, senadores e o próprio governador, para pedir a atenção merecida e fazer as pessoas serem felizes como é o objetivo de um governo onde todas as pessoas se conhecem.

Está no município a realidade do cidadão. É o prefeito que conhece cada pessoa, sabe de suas necessidades e está ali, ao lado, dizendo o que deve e não deve ser feito. Acompanha seu dia a dia e sabe onde deve ser investido os poucos recursos que dispõe. É no município que as coisas acontecem. Portanto é lá que tudo deve ocorrer.

Não está no Estado ou no país, mas nos municípios que tem sua realidade e desafio diário para vencer. Marema é assim, com uma gente vibrante, simples e de boa fé. Um povo do bem que o Estado brasileiro, como sempre, ignora sua existência e seu valor.