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Greve cresce nas estradas, interrompe abastecimento e paralisa frigoríficos

Por: LÊ NOTÍCIAS
23/05/2018 17:17 - Atualizado em 23/05/2018 17:32
Caminhoneiros fizeram paralisação na BR-282, no trecho de Xanxerê, na manhã desta quarta-feira (23) (Foto: Divulgação/LÊ) Caminhoneiros fizeram paralisação na BR-282, no trecho de Xanxerê, na manhã desta quarta-feira (23) (Foto: Divulgação/LÊ)

Por Vitória Schettini

A Greve Geral dos Caminhoneiros começou na última segunda-feira (21), em razão dos altos preços anunciados pela Petrobras. Passados dois dias, todo o País já sente as consequências da paralisação. Para começar, as estradas começaram a ficar lentas, em razão dos veículos pesados e parados, que se recusam a continuar rodando, enquanto a Petrobras não reduzir os valores. Em seguida, os postos de combustíveis, que sem abastecimento, enfrentaram filas longas de veículos em busca dos últimos litros de gasolina, diesel e álcool.

Nesta quarta-feira, por conta disso, já falta combustível em Xaxim, Chapecó, São Miguel do Oeste, São Lourenço do Oeste e Ponte Serrada, sendo que o Oeste é a região mais afetada de Santa Catarina. Nesse contexto, sem combustíveis e ainda com o cenário difícil das carnes no exterior, a Aurora Alimentos publicou uma nota oficial à imprensa, nesta terça-feira (22), divulgando que paralisará as atividades produtivas das indústrias de processamento de aves e suínos em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, inicialmente nos dias 24 e 25 de maio, próxima quinta e sexta-feira.

Em nota, a Aurora afirma que o movimento grevista impede a passagem dos caminhões que transportam todos os insumos necessários ao funcionamento das indústrias e, também, o escoamento dos produtos para os portos e os centros de consumo. Outro frigorífico, a unidade da JBS, em Ipumirim, suspendeu as atividades no frigorífico na tarde desta quarta-feira (23).Os funcionários dos turnos da manhã e tarde nesta quinta-feira (24), também foram dispensados.

Na área da segurança pública, o Corpo de Bombeiros também foi afetado. De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros de Xanxerê, Walter Parisotto, devido ao desabastecimento e do risco da falta de combustível, enquanto não houver o reabastecimento do posto de combustível que atende em Xanxerê, serão atendidos apenas casos de extrema urgência. O mesmo ocorrerá em Quilombo, onde já não há mais como reabastecer as viaturas.

EM XAXIM

Nesta semana, em Xaxim, a Associação dos Transportadores de Cargas do município (Atrax), se manifestou através de uma nota de apoio à paralisação dos caminhoneiros. Em entrevista ao LÊ NOTÍCIAS, o presidente da entidade, Daniel Vicenzi, contou sobre a posição contrária da Atrax à política de reajuste de preços dos combustíveis, imposta pela Petrobras. “Os valores são absurdos, sobretudo do óleo diesel. Nós sabemos que a Petrobras não mudará a política de reajustes de preços, por ter de acompanhar o aumento do dólar e do barril de petróleo. No entanto, esperamos que o governo reduza a alíquota do combustível para todos os Estados”, explica.

Ainda, Daniel afirma que “a Atrax é contra e repudia qualquer forma de violência durante as paralisações, depredação do patrimônio alheio e violência contra os motoristas de caminhões que não queiram aderir à greve”, finaliza o presidente da Atrax.

MOTIVO DA PARALISAÇÃO

A mobilização nacional pede a redução da carga tributária sobre o diesel. O setor reivindica que a alíquota de PIS/Pasep e Cofins seja “zerada” e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Os impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. Segundo eles, a carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.

O aumento é resultado da nova política de preços da Petrobrás, que repassa para os combustíveis a variação da cotação do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo. Nos últimos meses, porém, o petróleo tem apresentado forte alta — na semana passada, chegou a bater na casa dos US$ 80 o barril, valor que não registrava desde novembro de 2014.


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