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Ser governo no caos; Temer temeu; Estatais são peso de Estado; Privatização da Petrobras; Carlito Merss no Duas Perguntas

Por: Marcos Schettini
29/05/2018 09:46 - Atualizado em 29/05/2018 09:57

Laranja madura na beira da estrada

As viúvas do petismo choram no próprio velório e queimam-se nas mesmas velas. Sabiam que o poder, assim como a sorte, ri e depois trai. Se não souberam segurar, foi-lhes tirado dentro da lógica conhecida. Collor que o diga. O tempo corroeu naturalmente o insano sonho de que o Executivo resolveria tudo nas bênçãos do meio parlamentar. Não entenderam que o substituto de Dilma sempre foi um forasteiro do seu meio e, portanto, seu algoz. Mas foi tarde. O modo petista é mais trapalhão de si mesmo que de governar. A oposição apenas deu um empurrão para Temer, perto da cerca, pegar a fruta tão fácil na beira da estrada. Lambuzou-se porque é de sua índole conhecida. Imaginou que, fácil ao pegar o governo, reinaria em plenitude. Pela idade que tem, não escutou o compositor Ataulfo Alves. “Ou está bichada, Zé, ou tem marimbondo no pé”. Quando tomou posse viu-se, depois, nos dois. Ele e o enxame.


Qual lição o Sr. percebe que os caminhoneiros têm dado ao Brasil?

A paralisação é legítima. É um locaute dos patrões em busca de mais lucro? Sim. É uma greve de caminhoneiros em busca de melhores condições de trabalho? Também. Cada um está defendendo seus interesses. Quem comanda? Todo mundo e ninguém. Tem empresário, tem empregado, tem autônomo. Eles são de direita ou esquerda? Tem gente pró-bolsonaro, outros querendo intervenção militar, alguns pedem Lula-Livre, muitos não gostam de ninguém, ou seja, tem de tudo um pouco. Esta paralisação é o melhor retrato do país hoje, de indignação, confusão, desalento e início de revolta. O único consenso é que do jeito que está não pode ficar. O papel da Petrobras no governo Lula/Dilma tinha como política manter os preços dos combustíveis praticamente fixos para o consumidor, independente do mercado externo. Era um escudo para a população. No atual governo, isso mudou, os preços variam de acordo com o mercado externo, priorizando o lucro dos acionistas, como uma empresa 100% privada. Foi-se o escudo e a população que pague a conta. Isso tem que mudar, a prioridade da Petrobras deve ser com os brasileiros e depois com seus acionistas minoritários. Quando o PT saiu do governo pelo famoso “golpeachment”, a gasolina era R$ 2,69, o gás de cozinha R$ 43,70, e a taxa de desemprego era de 4,8%, a menor da história. Quebrar a ordem democrática tem um preço, e ele é alto. O início da solução chama-se eleição! Somos livres para escolher qual caminho queremos tomar. O desenvolvimento de um país livre e soberano ou voltarmos a morar no quintal dos Estados Unidos. O povo vai decidir.

Lula da Silva está perto de 60 dias preso e o PT alimenta sua candidatura à presidência. Por quê?

Lula é o preferido do povo. Está em primeiro lugar disparado, ganha em todos os cenários e de todo os concorrentes. Porque abriríamos mão de tê-lo como nosso candidato? Todo o processo em que Lula foi condenado é viciado, parcial, diria até, surreal. Ainda temos duas instâncias superiores para recorrermos. O STF vai ter que se posicionar, mostrar sua cara e assumir se a já histórica frase de Romero Jucá é verdadeira, isto é “...o golpe é com o Supremo, com tudo!”.


Medo

O enfrentamento vivido pelos deputados Manoel Mota e Celso Maldaner, respectivamente estadual e federal, afrontado por motoristas e um agricultor de Itapiranga, mostra o terror sentido pela classe política que, temerosos, fogem das cobranças.

Durão

Na condição de chefe de governo, Eduardo Pinho Moreira deixou sua mensagem de governador aos motoristas. Mostrando respeito, e medo, mordeu e assoprou. Não tinha alternativa, nas condições em que é, de agir diferente.

Terror

O desenho tirado da greve dos motoristas, efeito contagiante com a participação plena da sociedade, mostrou um Governo Federal acuado, tímido e desorientado, demorando em achar a solução que, paliativa, terá outra.

Real

Bonecos de Temer sendo enforcado, exposto à chacota, mostra o fim de um governo que, iniciado nas eleições de 2014, trouxe o casamento de duas dúvidas concorrendo com outra. Se Dilma, Temer e Aécio conseguiram ensinar a votar, já valeu.

Cansada

O cidadão, independente do movimento dos motoristas, está às narinas de indignação com a classe política. E está saindo dela em direção ao Judiciário. Todos com mordomias conhecidas que deveriam ser, por eles mesmos, eliminadas.

Basta

As mordomias presentes na vida pública são, sabem-se, calos na sociedade. Apertada em cumprir muitas obrigações que o salário não suporta, veem-se usurpadas. Paralisias como a dos caminhoneiros é como um manjar. Querem o fim de tudo.

Privatização

Tudo deve ser levado à venda. O Estado é capitalista e, estatais socialistas, modelos vencidos. O cidadão não consegue bancar o que a classe política usufrui dormindo. Ou joga-se, todas elas, à negociação internacional ou acabam sumindo.

Salvação

A esquerda sonha com um Estado atendendo todos, em igualdade, dentro da paquiderme visão estatal. Pesado, cheia de artimanhas de manutenção, as empresas públicas são fontes de corrupção sem fuga. Isto é, entrou, torna-se.

Acabou

O final das estatais brasileiras não é uma conquista do governo petista, mas desde que foram criadas. Elas foram utilizadas para todos os desejos possíveis, à exceção do atendimento público. Este modelo exauriu. O que é público, é privado.

Festa

As frentes públicas sempre foram células de uso privado. Utilizam-se de tudo o que as estatais oferecem como se fossem suas fontes pessoais. À toa não é a defesa de sua manutenção. Quanto mais as empresas públicas existirem, mais o país afunda.

Petrobras

Mais que uma grande empresa, é um excelente problema. Todos os governos, sem exceção, fuzilaram suas vísceras. Arrancaram dela pontos vitais que o tempo se encarregou. Vendê-la não é o problema. A questão é quando.

Oportunidade

O governo petista teve sua vez, ao assumir o país, de consertar o que entendiam estar errado, mesmo diante de uma ferrenha força oposicionista que faz parte do jogo. Se perderam o tempo, este mesmo se encarregou de tirar o que ofereceram.



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