Quem tem põe e, quem não tem, tira
O presidente do MDB de SC olha-se na majoritária liderando uma grande coligação que passa por Carmen Zanotto, Jorginho Mello e João Kleinübing atraindo o PSDB que Eduardo Moreira, embora a amizade com Alckmin, ainda não conseguiu. O deputado tricota com os três presidentes do PPS, PR e Democratas, cotidianamente. Os entendimentos, bem longe da cômoda Casa d’Agronômica, acontecem no cafezinho da Câmara, no ambiente de trabalho. Mauro Mariani é silencioso e, indiferente das movimentações feita por Eduardo Moreira rumo a outubro, aguarda do marido de Nicole Torret Moreira o gesto da palavra para ser, também dele, o nome do partido. O nortista catarinense tem em Pinho o compromisso que, as circunstâncias, corroeram. Vai ter que correr porque, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, está perto de levar, inteiro, o partido para os braços de Geraldo Alckmin. Leia-se, Gelson Merisio. A questão é, qual dos dois atrai ou afugenta os partidos.
Como o senhor avalia a greve dos motoristas e a força deste movimento na economia?
As pautas iniciais da categoria são dignas de apoio. No entanto faltou uma pauta mais sólida, para mudanças efetivas. Não só os caminhoneiros, mas todos nós deveríamos ter claro, que há sim solução. O preço do frete, dos combustíveis é só um reflexo de todo um conjunto. Qual o conjunto de problemas macros? Quais soluções? O Estado Mínimo, a privatização das empresas públicas, o fim da estabilidade para atividades que não sejam essenciais, o fim do foro privilegiado, das benesses como aviões da FAB para ministros no que é uma verdadeira farra turística, a digitalização do governo, a desburocratização e tantas outras pautas que resultariam em melhores serviços, mais obras, mais qualidade com reflexos imediatos no todo. Em resumo, a pauta deveria ser o enxugamento da máquina pública, que tritura o dinheiro do povo, tritura o nosso suor, e quase nada dá em troca. As mudanças têm que ser maiores e que com certeza, refletiriam além da baixa do custo do frete, mas também em vários outros pontos que atravancam o desenvolvimento. No entanto, os caminhoneiros mostraram a indignação de todos nós. Temos a má administração pública como um nó na garganta. E nesse sentido eles estão de parabéns, nos representam. Mas passaram da conta.
Seu nome tem sido ventilado para ser vice na chapa do deputado Gelson Merisio ao governo nestas eleições. Assume o desafio?
Sim, assumo o desafio de colaborar para mudar o rumo de Santa Catarina. Refleti muito sobre o assunto e sinto que está na hora de nos colocarmos à disposição. É o incentivo que faço a todas as pessoas de bem. Porque ou nós todos nos envolvemos, ou o Brasil, o Estado, vai descer a ladeira. Temos que nos levantar, participar ativamente da política, para conter os maus intencionados que até agora tem se destacado com populismos inoperantes, ludibriando a todos com falsas promessas. E vejo no amigo Merisio, uma oportunidade para essa mudança de gestão. Creio que poderei colaborar com minha experiência de empresário, de economista, gestor de empresas de sucesso. Tenho convicção que é dever dos empresários participar da vida pública. Nossa experiência administrativa tem que ser levada ao que é público. Nas empresas enxugamos os custos todos os dias, e no governo o que vemos é o contrário. Por isso pretendo sim ser o candidato a vice-governador na chapa com Gelson Merisio. A nossa amizade vem de mais de 30 anos. E creio que aqui no Norte do Estado a população saberá valorizar essa oportunidade. Esta união do Oeste com o Norte do Estado, mais nossos candidatos ao Senado na capital Florianópolis será uma força política histórica. É a oportunidade do povo catarinense mostrar que é possível fazer diferente.
Clamor
Jorge Bornhausen enviou um recado de sensibilidade e espírito público às lideranças que estão na disputa de outubro. Observa, na gravidade do cenário nacional, o aceno entre as lideranças para romperem o individual, em favor do Brasil.
Individual
Ao apontar que o momento não é de construção de candidaturas à majoritária, mas o de olhar para o país como fator principal, JKB envia um telex para os afoitos, pedindo a eles que sentem à mesa para redefinirem a estratégia das urnas.
Mosca
O alvo é Gelson Merisio que tem no próximo dia 09, o pré-lançamento de sua candidatura ao governo e que, insensível aos tsunamis nacionais, construiu entendimento com vários partidos fugindo do colo de Geraldo Alckmin.
Distanciamento
O coletivo ligado aos partidos pró Merisio, não observam no ex-governador paulista o sonho brasileiro de cidadania. Entendem que o tucano venceu na prateleira. Devido aos novos tempos, o eleitor cansou. A tese é Ciro Gomes ou Bolsonaro.
Alternativa
À medida que Artur Merisio já tem seu candidato a presidente, resta a JKB inclinar seus ouvidos ao MDB de Eduardo Pinho Moreira, antecipadamente já eleitor do tucano paulista. Se a senha não está dada com o ulyssista, fechou-se tudo.
Trunfo
O presidente do PSDB de SC aguarda para que JKB sinalize em sua direção, para costurar um entendimento com Eduardo Moreira, afinando o entendimento nacional no Estado. Marcos Vieira, controlador pleno, para o lado que for, leva todos.
Vagas
A tese de Marcos Vieira de duas vagas na majoritária com os ulyssistas, é sabida por JKB. O ex-presidente Nacional do PFL quer PP, PSD e PSDB unidos pró Alckmin em SC. Se não conseguir nesta direção, terá que sentar com Eduardo Moreira.
Aceno
O governador de SC saiu ileso do vulcão caminhoneiro e quer manter a postura de controlador da situação. À medida que JKB passa longe da Casa d’Agronômica, Eduardo Moreira aguarda que o tempo aproxime as mesmas intenções.
Novamente
Embora Paulo Bauer seja o quadro de frente para construção da chapa dos sonhos, Esperidião Amin é a razão subliminar para baratear a campanha. O Progressista uniria todos ao seu redor ganhando, em SC, com Alckmin e o governo.
Impressionante
O comboio que atropelou todos os eventos então realizáveis em SC, atingiu Júlio Garcia no Sul. Ele desmontou as mil filiações em uma festa paralela à candidatura de Gelson Merisio, até para fugir da presença, e remarcou.
Concentrado
Foram refeitos os chamamentos às lideranças que estarão presente em Chapecó, no pré-lançamento de GM ao governo. Neles, o pedido para que Júlio Garcia esteja presente. O ex-conselheiro, preocupado com sua volta à Alesc, escutava jingle.
Coerência
Mauro Mariani, o mais MDB dos filiados, manifestou-se pelo fim da greve dos caminhoneiros, sem citar as concessões de Temer. Votando pela investigação do esfarelado presidente, o deputado federal é a cara do Manda Brasa de guerra.
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