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PREVENÇÃO

Instrutora do Proerd de Xaxim orienta crianças e adolescentes contra drogas e violência

A instrutora do Proerd leciona para os alunos do 5º ano matutino da EBM Dr. Ari Lunardi (Foto: Arquivo Pessoal de Kauana Bettanin) A instrutora do Proerd leciona para os alunos do 5º ano matutino da EBM Dr. Ari Lunardi (Foto: Arquivo Pessoal de Kauana Bettanin)

Por Vitória Schettini

O Programa Educacional de Resistência às Drogas e á Violência (Proerd) é uma iniciativa que consiste no esforço cooperativo estabelecido entre a Polícia Militar, escola e família, com o objetivo de desenvolver habilidades nos jovens estudantes, para evitar influências negativas em questões relacionadas às drogas e violência, promovendo os fatores de proteção e estabelecendo relações positivas entre alunos e policiais militares, professores, pais e líderes escolares.

Nesse contexto, em Xaxim, a policial militar e instrutora do programa, Kauana Bettanin, ensina as crianças das turmas de 5º ano nas escolas do município, de Marema e Entre Rios, e no segundo semestre de 2018, assumirá as turmas de Lajeado Grande. Em entrevista ao LÊ NOTÍCIAS, ela conta as histórias partilhadas em sala de aula, com os alunos, desde 2017, quando iniciou no Proerd.

De acordo com a Soldado Kauana Bettanin, que é policial desde 2013, ela sempre teve interesse de trabalhar com crianças, mas nunca lecionou em sala de aula. “A oportunidade de fazer parte do Proerd surgiu no ano passado, quando abriu o processo seletivo e eu me inscrevi para o curso de instrutor. Passei as etapas e consegui vaga, participando do curso de 11 dias, num internato, localizado em Florianópolis. Quando regressei a Xaxim, assumi quatro turmas para começar a me ambientar com o clima de sala de aula, já que eu não tinha nenhuma experiência nisso. O resultado foi que eu acabei me apaixonando, pois é encantador trabalhar com as crianças”, relata Kauana.

Em 2017, além das atribuições do Proerd, a policial desempenhava outras funções, como o trabalho da rádio patrulha e em 2018, ela optou em ficar apenas com o programa. “Eu decidi ficar no Proerd e percebo quando as crianças têm essa aproximação com a Polícia Militar em sala de aula, eles têm inúmeras histórias para contar. O programa não é apenas relacionado ao combate às drogas e à violência, mas também com assuntos que condizem com o dia a dia deles. Eles sempre dividem uma história, uma curiosidade ou têm uma denúncia para fazer, é muito bom”, explica.

METODOLOGIA UTILIZADA

Segundo Bettanin, as aulas do Proerd funcionam com base em uma apostila, a fim de elencar os assuntos que serão trabalhados e durante os encontros, que são semanais, é utilizado o datashow, onde há um vídeo sobre desafios, gravado por outras crianças. “O objetivo é instigá-los a participar das aulas e dessa maneira, nós também trabalhamos a comunicação, a dificuldade de falar em público, da vergonha em apresentar um trabalho dentro da escola. Eles relacionam as circunstâncias de perigo com essas situações, os sinais de tensão, tremores e coração acelerado”, enfatiza.

Ainda, nas palavras dela, são trabalhadas as maneiras de livrar os estudantes das drogas, quando alguém oferece, enfatizando os riscos e consequências, o bullying, a importância da comunicação não verbal e a empatia. “Ao longo do ano, eu percebo que eles têm uma grande diferença em relação à autoconfiança e à coragem, em serem sinceros e denunciar algo errado, e quem são os adultos confiáveis, para que eles possam estar contando isso”, reforça Kauana.

Ainda, há a explicação sobre álcool e do cigarro, que são drogas lícitas, ou seja, são permitidas. “Normalmente, há o consumo de álcool e cigarro dentro das casas dessas crianças. Após trabalharmos tudo isso, eu enfatizo bastante a elas sobre o mal que elas causam ao ser humano. Ainda, eu pesquisei bastante e trouxe reportagens para eles sobre o mal dessas drogas e uma coisa que me chamou atenção, foi o quanto o narguile faz mal e quando eu contei aos meus alunos, eles não acreditaram”, salienta.

RESPONSABILIDADE DOS PAIS

Segundo ela, mesmo com alunos sem instrução, é importante que os pais façam parte da vida escolar dos filhos, para que haja mais respeito. A Soldado Kauana ressalta que “é responsabilidade dos pais de impor limites, participar da vida dos filhos, dar amor e carinho, para que no futuro, não busquem isso na sociedade, para suprir as demandas que eles têm”, finaliza a Soldado.


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