O PT tem nome sem chave
O Datafolha deu um presente post mortem a Lula da Silva e uma vitamina vencida para a militância do partido que, passando 14 anos com quem lhe decapitou, vê o jogo de fora da arquibancada. Os números não convencem os radicais de direita porque é natural. Era só o que faltava. Se assim não fosse, o ex-presidente estaria com o dobro. Nem o Rosário, produto da Virgem de Fátima aos pastorzinhos contra o comunismo de Lênin, chegou às mãos. O Papa Francisco enviou-lhe de presente para, ajoelhado, pedir sua presença nas urnas e voltar, nos braços do povo, à moradia do Palácio da Alvorada. Embora abençoado, não deu certo. O enviado do Vaticano não entrou e o ex-metalúrgico está firme na prisão. Nem Décio Lima explica.
Deputado, sua reeleição está baseada em quê?
A minha reeleição está baseada na transparência, sinceridade, ficha limpa, presença em todos os municípios em todos os momentos, seja de dificuldade, seja de comemoração e de planejamento. Sempre digo que faço mais amigos do que política. Sou amigo dos amigos, sincero, parceiro, olho nos olhos, digo quando é possível e quando não, sem medo de com isso perder popularidade, pois na política mais vale a credibilidade do que a popularidade. Trabalho muito, sou determinado e transparente.
Qual é o posicionamento do PR nestas eleições em favor da juventude e da educação?
A juventude terá papel preponderante nestas eleições. Os jovens que sempre foram influenciados pelos mais velhos, pais, líderes, professores, hoje na verdade são os formadores de opinião e querem um Brasil diferente, uma política sem corrupção, uma sociedade justa e transparente. Uma nova educação, com opção de escolha no que querem estudar, nos rumos que querem seguir. Entendo que a grande virada também está nas mãos dos jovens que devem cobrar mudanças e também dar a sua participação ativa, não se omitindo, aí a desilusão será maior.
Outro
João Rodrigues apresentou-se, em seu retorno à atividade pública, completamente transformado. Já não fala atacando, não acusa ou redime-se de culpas. Apenas pede que a Justiça, desta vez, analise com cuidado seu processo.
Modificado
Saído de um ambiente hostil e de dor, cuja condenação afirma ser inocente, o deputado federal é outra pessoa. Não apenas conversa com leveza e aceita-se no seu tempo, mas o dia a dia ao lado de quem ele sempre bateu forte, ensinou-o.
Tempos
Chicote declarado nas costas do PT, chamando Lula da Silva e Zé Dirceu de bandidos e líderes de quadrilha, João Rodrigues apresentou-se consciente. O tempo em que foi ao pelourinho, sentiu na carne o que, em verbo, afirmava. Impressiona sua serenidade.
Recomeço
Ao sentar em sua cadeira democrática, conquistada por sua liderança e capacidade de persuasão, o ex-prefeito de Chapecó inicia outra história. A cidade que administrou e o Estado que lhe deu quase 222 mil votos animaram-se com seu retorno.
Espetáculo
Cruzados em uma disputa braçal para ver qual tem mais força nas bases ulyssistas, o presidente Mauro Mariani e o governador Pinho Moreira declararam-se. O 1º quer a palavra do 2º que, em tese, já tem o comando daquilo que o deputado deseja.
Peso
Se a palavra do governador deverá ser cobrada nas discussões até a indicação ou não de prévias, a militância vai referendar a coragem que Mariani demonstra, olhando as circunstâncias de domínio da máquina. Se esta for a equação, Pinho leva.
Sarau
A reunião do MDB para escolha do nome terá contornos de alegria se ambos, dentro de uma visão coerente de entendimento, evitarem as prévias. Caso ocorra o confronto, o racha será inevitável e pode, neste erro, fortalecer a oposição.
Microscópico
A lente de Esperidião Amin, à medida que a eleição está chegando, vai aumentando o grau. Está buscando sua entrada na disputa, mas seus companheiros de sigla olham para Gelson Merisio. Se isso não lhe escureceu as vistas, é forte.
Oscar
Dentro do PP, inclusive do PSD, o respeito pelo governador é grande. Mas a palavra de ordem dentro do partido do ex-governador, agora, é a renovação expressa no ex-presidente da Alesc em cujo lançamento hollywoodiano.
Socorro
O PSDB de Geraldo Alckmin não poderia ter tido pior momento quando, ruim nas pesquisas, FHC mira para Marina Silva como alternativa de centro. Pior que isso foi, em SC, nenhum tucano rebater o ex-presidente da República.
Torrado
À medida que se calaram em plena presença do presidenciável em SC, as lideranças tucanas assinam, de modo subliminar, a queima pública do ex-governador paulista no verbo de FHC. O extintor do PSDB, de Marcos Vieira, venceu.
Ambos
Se o senador Paulo Bauer esperava em Geraldo Alckmin a deixa para fortalecer seu projeto rumo à d’Agronômica, o ex-governador paulista idem. Andando escorado um ao outro, o cenário é desolador. Se um dormir, o outro cai também.
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