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Exclusivo: Presidente do Progressistas revela acerto com o PSD

Por: Weliton G. Lins
23/07/2018 15:41

Em entrevista concedida ao jornalista Weliton Lins, na Assembleia Legislativa, no sábado (21), o deputado Silvio Dreveck (Progressistas) falou sobre o alinhamento com o PSD e da decisão em ser candidato à reeleição. Acompanhe:

Weliton G. Lins: Como foi a semana da política catarinense até a convenção do PSD?

Silvio Dreveck: Na verdade, o nosso projeto partidário já iniciou há muito tempo, quando nós aqui na Alesc, conduzimos o ex-deputado e prefeito de Tubarão Joares Ponticelli à presidência da Assembleia. Depois nós tivemos a minha participação como líder do governo Raimundo Colombo por 2 anos, e na sequência eu fui presidente da Alesc mesmo com quatro deputados do nosso partido, permitindo que o nosso suplente de deputado Altair Silva, do Oeste catarinense pudesse assumir com a ida do deputado Valmir Comin à Secretaria da Assistência Social. Então tudo isso teve um trabalho com o objetivo de estarmos juntos com o PSD. Em 21 de agosto de 2017, numa convenção aqui na Alesc, o nosso partido tomou a decisão, que não foi minha, mas de todos os convencionais que estavam aqui, de que a nossa prioridade de aliança, de coligação, era e continua sendo com o PSD. A partir do dia 26 de fevereiro desse ano, a pedido do partido, Espiridião Amim passou a ser o nosso pré-candidato partidário, sem abrir mão do diálogo e do compromisso com o PSD. Então, de lá pra cá, todo dia, nós temos reuniões, temos conversas, e que continuam, com esse objetivo de terminar, de fazer essa aliança com o PSD e com os demais partidos que já estão aliados com o PSD, a partir das convenções realizadas nesse sábado.

Weliton: Com o prazo terminando, como resolver essa equação e montar uma chapa vencedora?

Dreveck: A equação vai ter que ser resolvida até o dia 5 de agosto que é o prazo final. Nós temos convenções, nós ainda temos prazo para nominar pessoas. Mais do que nominar pessoas como pré-candidatos, nomes como Gelson Merisio, do PSD, JPK do Democratas, Paulo Bauer, do PSDB, são todos candidatos que tem uma identidade parecida, vieram da mesma raiz. Então acho que se conseguíssemos fazer esse bloco completo seria melhor. Se não dá, vamos ter que aceitar aquilo que as convenções vão decidir. Temos prazo ainda para definir o nome, e a conversa entre o Esperidião e o Gelson tem sido quase que diária, e esperamos que possamos compor a majoritária que são quatro vagas, e assim nós acreditamos que até o prazo final nós vamos concretizar essa aliança.

Weliton: O principal gesto do deputado Gelson Merisio foi afastar o PSD do MDB?

Dreveck: O deputado Gelson Merisio fez um grande trabalho não só de forma partidária, mas também aqui na Assembleia e preparou-se, organizou-se. Claro que esse distanciamento do MDB facilita nossa aliança. Não porque nós temos algo contra o MDB, essa é uma questão cultural, histórica, nós temos um projeto que difere do estilo de governar Santa Catarina e até no Brasil, então não é contra pessoas, mas é pensar um Estado diferente, como nós pensamos, como o Merisio pensa; Estado menor, mais serviço público, reduzir o tamanho da máquina, porque não tem mais dinheiro pra sustentar o tamanho da máquina, então são pontos convergentes, e o Merisio trabalhou nessa linha, tanto partidariamente, quanto teoricamente buscando esse entendimento com partidos que pensam ou trabalham nessa direção de fazer com que o Estado possa ser mais eficiente e melhor para a população catarinense. Então méritos para o deputado Gelson Merisio que fez esse trabalho.

Weliton: O que representa a presença do PP aqui na convenção do PSD?

Dreveck: O desejo de concretizar a aliança, principalmente.

Weliton: Estar juntos na eleição e isolar o MDB?

Dreveck: O fato de isolar, é que o MDB vai ter as eleições deles, vai procurar os parceiros que melhor entender, mas nós temos uma posição clara, definida pela nossa decisão da convenção. Então é esse o trabalho que nós temos que fazer, dar consistência, permitir o diálogo, para concretizar essa aliança com o PSD.

Weliton: A conjunção nacional pode interferir na estadual?

Dreveck: Eu quero crer que não, apesar de que nós temos um encaminhamento nacional nos últimos dias aonde o PP, DEM, PRB,PTB, Solidariedade e o PSD que já está com o encaminhamento para a candidatura de Geraldo Alckmin, pensando no Brasil e não só eleitoralmente, se concretizar até o dia 25, 26 como é o caso, independente disso, o nosso partido já tem uma deliberação que os Estados estão livres, ou seja, podem coligar com quem entenderem melhor, mas obviamente se puder concretizar esse desejo pelo Brasil, é importante pra Santa Catarina. Não que venha ser uma coisa impositiva ou interferir, de jeito nenhum, o diálogo da negociação é possível.

Weliton: Qual é o seu desejo em relação a 2018?

Dreveck: O meu desejo é ganhar o governo. Nós estamos, o nosso partido, não só eu, mas como falo em nome do partido, há 16 anos que não temos o governo. Então mais do que qualquer outro partido, o nosso é o que está mais tempo fora do governo. Acredito que nós temos, dentro do nosso quadro de pessoal, pessoas qualificadas para governar Santa Catarina, ou liderando ou participando do governo de Santa Catarina.

Weliton: Como Jorge Bornhausen influenciou até à convenção ?

Dreveck: Dr. Jorge é uma pessoa que tem um conhecimento extraordinário politicamente, até pela sua experiência na vida pública, tem uma visão do Brasil que eu acredito nessa direção, que nós precisamos fazer com que o Estado se torne um Estado melhor, mas também não esquecendo que para que os Estados possam ter um desenvolvimento melhor, possa criar oportunidades, é importante que o Brasil vá bem. Se nós temos uma eleição boa no Estado, mas não tivermos um presidente que tenha coragem, determinação de fazer as reformas que são necessárias, nós não vamos ter uma solução só no Estado de Santa Catarina isoladamente. Então a minha visão do Dr. Jorge e a minha avaliação é de um homem estadista que enxerga o Brasil mais longe que só apenas o Estado.

Weliton: O Sr. seria candidato a deputado federal, mas recuou e será candidato a reeleição como deputado estadual. O que motivou seu recuo?

Dreveck: A minha presidência do partido. Evidentemente que quando eu assumi a presidência do partido, o meu tempo ficou mais reduzido em termos de trabalho para a Câmara Federal, porque devido aos diálogos, as conversas, quase que diariamente, eu tenho que estar aqui. A Assembleia Legislativa eu sou o primeiro vice-presidente, tenho conduzido praticamente todas as sessões do plenário e por conta disso eu achei por bem, nesta oportunidade, recuar de uma Câmara Federal e trabalhar por uma reeleição em Santa Catarina.


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