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HISTÓRIA E CULTURA

Arqueólogos são fundamentais para o resgate e preservação da História

O dia 26 de julho é marcado como o Dia do Arqueólogo e ressalta a importância desse profissional (Foto: Ceom) O dia 26 de julho é marcado como o Dia do Arqueólogo e ressalta a importância desse profissional (Foto: Ceom)

Resgatar o passado para conhecer a história é o trabalho da coordenadora do Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (Ceom), Mirian Carbonera. Porém, dessa vez, a missão dela foi resgatar a sua própria história ao relembrar o primeiro contato com a arqueologia, em 2001, e tudo o que já viveu nessa profissão. E nada melhor do que o dia de hoje, 26 de julho, para recordar essa trajetória. Afinal, comemora-se nesta data o Dia do Arqueólogo.

Mirian estava no quinto semestre do curso de História na Unochapecó quando decidiu seguir o caminho da arqueologia. Na época, era também estagiária do Ceom, que iniciava as tratativas para receber um acervo arqueológico. Motivada pelo desafio constante, pelo trabalho sem monotonia e pela carência desses profissionais na região, que Mirian, natural de Chapecó, percebeu quantas coisas poderiam ser descobertas dentro da própria cidade. Então, decidiu se especializar em Arqueologia.

Em resumo, o trabalho de um arqueólogo envolve diversas pesquisas para compreender as sociedades e culturas humanas por meio de objetos fabricados e utilizados no passado. Com conhecimento na área de história, ele investiga e escava sítios arqueológicos, por exemplo. "O trabalho é instigante porque também estamos sempre aprendendo sobre paisagens e culturas, que na maioria das vezes deixaram de existir", explica Mirian.

Não é só trabalhar com história, é viver e criar histórias. Desde seu primeiro contato com a arqueologia, em 2001, muitas surgiram e juntas trazem experiências inesquecíveis. Como um dos momentos mais complicados de sua carreira, que foi a realização de um estágio na região de Jujuy, na Argentina, no inverno de 2013. Lá ela enfrentou a altitude e o frio intenso. "Era necessário caminhar umas 10 horas por dia e carregar tudo o que seria consumido. Dormíamos em casa de pau a pique e tomávamos banho com a água que vinha das montanhas geladas", conta.

Nesta mesma viagem, Mirian participou de uma escavação na província de Entre Ríos. "Foi a primeira vez que escavei sepultamentos humanos e, justo no dia que atingimos o nível onde estavam os sepultamentos, o arqueólogo responsável adoeceu e precisei continuar sem orientação, foi bem desafiador".

MARCADA POR HISTÓRIAS

Apaixonada por história desde criança, a arqueóloga do Ceom, Vanessa Barrios Quintana, está há 15 anos na profissão. "Acredito que, neste tempo, a maior conquista são os amigos e todo conhecimento que adquiri com as pessoas e os lugares diferentes", conta.

Nascida em Sant'Ana do Livramento, Rio Grande do Sul, o primeiro contato dela com a arqueologia foi quando ingressou na graduação de História. "Já entrei no curso querendo trabalhar nessa área". Em busca de seu sonho, começou um estágio e aí a paixão só aumentou.

O trabalho, por vezes pesado e minucioso, requer muita paciência e dedicação. Além disso, carrega o desafio de mostrar às pessoas a importância da arqueologia para a região. "As pessoas pensam que apenas juntamos cacos. Mas quando veem o que é possível saber através daqueles cacos, que existem seres humanos por trás deles, passam a enxergar a arqueologia com outros olhos", afirma Vanessa.

Nestes 15 anos de profissão, muitas coisas aconteceram com ela. Desde fatos comuns, como atolar o carro ou ficar perdida no meio da mata porque o GPS estragou, até outros mais perigosos, como estar dentro de um barco no meio do rio durante um temporal e atravessar um igarapé pendurada em um cipó. "Cada trabalho de campo que já fiz daria um livro!", finaliza Vanessa.

O passado da humanidade, em parte, é um mistério. Mas é graças ao trabalho dos arqueólogos que nos aproximamos um pouco dessa história.


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