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Abaladas, autoridades confiam em reestruturação

Tragédia que marcou a história de Chapecó mobilizou população e entidades
Por: LÊ NOTÍCIAS
30/11/2016 11:39 - Atualizado em 30/11/2016 11:41
Colombo visitou Chapecó em 2013, para liberar recursos para a construção da Arena Condá (Foto: Divulgação/LÊ) Colombo visitou Chapecó em 2013, para liberar recursos para a construção da Arena Condá (Foto: Divulgação/LÊ)

O dia 29 de novembro estará marcado no calendário de Chapecó como o dia mais triste da história do município. O amor e a alegria que tomou conta de jogadores, torcedores e diretoria da Associação Chapecoense de Futebol (ACF), durante as partidas na Arena Condá e nos estádios pelo Brasil afora, deu lugar ao silêncio da dor da perda. O acidente que tirou a vida de mais de 70 chapecoenses de coração na Colômbia, trouxe, além da comoção e do desespero de familiares e amigos, o sentimento de agradecimento pelos sorrisos arrancados e as sensações de dever cumprido a cada vitória, bem como o reconhecimento pelos exemplos deixados. Lideranças reuniram-se, na tarde de ontem, em Chapecó, para juntar forças e superar o acontecido. Nos discursos, o que mais apareceu foi a vontade de unir a nação em prol do suporte à comunidade e da reconstrução do time amado por todos.

“A solidariedade de todos os brasileiros trazendo fé a todas as famílias é o que vai reerguer Chapecó”. Assim o governador Raimundo Colombo expôs o compromisso com o povo catarinense e pessoas ligadas às outras vítimas dos mais diversos locais do País, evidenciando que ações a serem feitas pelo Estado irão oferecer condições para a recuperação do sorriso escondido pelas lágrimas de tristeza.

O deputado federal João Rodrigues relembrou as dificuldades para que o Clube fosse criado e os trâmites para que a Chapecoense fosse, de fato, o time do coração do Oeste. Ele também garantiu que o apoio do Poder Federal será amplamente mobilizado para reestabelecer a harmonia e paz à população. “Não é um time que se foi, são nossos amigos. Ainda não caiu a ficha, pois esse time nos deu algumas das maiores alegrias de nossa história e agora nos dá a maior tristeza. Essas pessoas se dedicaram e muito para deixar esse exemplo de força, garra e determinação e só a união de todos é que dará suporte a todos nós. Um time marcado pela humildade, o que o levou ao estrelato. A Chape fez com que as crianças das comunidades acreditassem que futebol é o melhor caminho e trouxe gente do Estado e do Brasil para a nossa Chapecó, que se orgulha de cada um daqueles que perderam a vida pela alegria de seu povo”.

O ex-prefeito e presidente do Badesc, José Caramori, emocionado, reforçou que o sucesso da Chape se deu pelo comprometimento e união de jogadores, comissão, voluntários, empresas, imprensa e poderes. “Subimos tanto que chegamos ao céu. Não consigo encontrar palavras nesse momento, pois ficou um buraco em meu peito. Uma perda imensa de uma história linda de sucesso, devoção e compartilhamento. É uma dor que é de todos”.

Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), o deputado estadual Gelson Merisio também estava cotado para embarcar, mas devido a outros compromissos iria embarcar para a Medellín mais tarde. “É o destino me deu uma segunda chance. O que fica é o sentimento de dor, luto, mas também de esperança, pois a melhor homenagem aos que partiram é o compromisso de reconstruir a Chapecoense. É uma comoção efetiva e a primeira etapa depois que a poeira baixar é reunir pessoas de bem e juntos construirmos uma grande equipe”.

Ivan Tozzo, o vice-presidente da Chapecoense, que agora assume como presidente, também iria com os jogadores e diretoria, mas decidiu não ir. Para ele, o sentimento que fica agora é de união para auxiliar os que sobreviveram, os familiares e amantes do Clube. “A Chapecoense é uma família, é a alegria do povo e está no coração de todos. Neste momento temos de abraçar todo mundo e orar pelos que partiram e para os que ficaram”. Conforme ele, médicos irão até o país vizinho para acompanhar os sobreviventes e as famílias irão para identificar os corpos.

“Precisamos ter serenidade”, afirmou o vice-presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Gelson Dalla Costa. “Eu não estava nesse voo porque eu teria outro compromisso, senão estaria lá também. A dor é muito grande. O que precisamos é que o Brasil se una para superar essa dor e reconstruir nosso time, pois nosso povo é maravilhoso e teremos a serenidade para conseguir um novo, afinal o que qualquer Clube precisa ter para se consolidar é o torcedor e isso nós temos de sobra”.


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