A mudança radical de Paulinho Bornhausen
O presidente do PSB é o grande protagonista silencioso destas eleições porque, com nome e juventude suficiente para mergulhar no pleito, distanciou-se de qualquer empecilho para produzir o que, agora, é a chapa majoritária liderada por Gelson Merisio. O filho de JKB independeu-se da pecha de tutelado para dar luz própria às decisões tomadas e segue como alfaiate do projeto a qual mostra igualmente suas digitais. Desde o início mostrou-se mergulhado e alinhavando as dez prefeituras do PSB, leia-se Chapecó, Blumenau e Balneário Camboriú. Respeita a grandeza de Jorge Bornhausen, sua liderança e força na construção do país, para se apresentar como pauta nova e alta. Leva um sobrenome forte e sua própria voz de destino às gratidões futuras aí vinculadas.
Efeito
Dentro do Progressistas reina a indignação com Esperidião Amin de ter ido e voltado à coligação de Gelson Merisio, deixando o partido com o pincel na mão. A reclamação de cinco minutos, no sexto alinham. É afinar ou não. MDB espera o gesto.
Bobagem
Tagarelando às escondidas, prefeitos e militantes do Progressistas devem, exclusivamente, à liderança de Gelson Merisio o retorno ao debate. O candidato do PSD deu lances ousados para dar luz ao gueto que viveram por 16 anos.
Merecidamente
Mauro Mariani tem a exclusividade de atrair o PSDB, PR e PPS por sua convivência em Brasília. O PT, se observar a história do ulyssista, vai repensar o 2º turno caso não avance. O candidato ao governo do MDB bateu de frente com Temer e aliados.
Posicionamento
Ao defender a defecção de Romero Jucá e seus iguais da cúpula do partido e votar contra Temer, o candidato do MDB foi corajoso. Os tucanos, ao seu lado na chapa, atrapalham um futuro entendimento que beneficia Gelson Merisio.
Nanicos
Os partidos menos lembrados, presentes no paralelo da disputa, estarão afinados com Gelson Merisio em um 2º turno. Lucas Esmeraldino, candidato ao Senado e presidente do PSL, joga na direção do PSD. O teatro é ato conhecido.
Ele
Para entrar hoje na pauta, João Rodrigues aguarda os votos de sua inocência que, em tese, deve dar 4x1 ou, na pior das hipóteses, 3x2. Dando certo, volta à disputa e se engaja na orquestra de Gelson Merisio. Errado, sai do partido.
Consequências
O deputado federal está há seis meses longe do debate e, embora recebendo lideranças em seu gabinete, seu poder de decisão é pálido. Ganha força quando, livre, voltar à cena eleitoral e fazer valer sua influência no direcionamento.
Reverso
Os ulyssistas falam desconectados pró-inocência de João Rodrigues, mas dando errado, a ira do parlamentar favorece esta majoritária. O deputado federal gravaria vídeo e sairia do PSD em direção aos tucanos, dando volume de vitória.
Carinho
João Rodrigues voltando às urnas, com voz e presença nas ruas, exige do PSD um gesto maior que o abraço anfitrião no aeroporto. É a retirada de Américo Nascimento e deixar que o ele, simplesmente, decida quem a estadual.
Mais
Na tarefa de demonstrar a atenção recebida do ex-conselheiro, João chega sem impor. Vai aguardar que o candidato a governador do PSD manifeste-se nesta direção. Rodrigues sai casado com Júlio Garcia no Oeste, em resposta mínima de gratidão.
Pois
Vice-prefeito em Chapecó, Élio Cella, não somente é candidato a deputado estadual pelo PR, mas amigo de Gelson Merisio e João Rodrigues, seu padrinho político. Desorientado, está em xeque. Jorginho Mello é o senador do MDB.
Contra
Pelo fato de não defender o MDB e ser pró Merisio, Élio Cella fica entre a cruz e a espada. Se jogar contra Amin e Raimundo ao Senado, conflita com o grupo que lhe deu espaço em 2016. Caso assuma, briga com o partido no Estado. Sair do jogo é uma.
Doença
Élio Cella deve assumir o município em 2020 com Gigante indo para o Governo de Merisio, caso vença em 2018. Contra Jorginho, nome do MDB ao Senado, asfixia-se. Precisa decidir. Saindo da disputa, com diagnóstico de dor na unha, é um caminho.
Animado
Kiko Oliveira chegou em Chapecó e começou a desenhar sua ida às regiões para fortalecer o nome de Décio Lima ao Governo. Reafirma que o candidato do PT será novidade entre a mesmice de Gelson Merisio e Mauro Mariani.
Órfão
O PT sai sozinho porque, diante do que vive desde a saída de Dilma do Governo, não consegue piscar para ninguém. Nem o PCdoB, aliado, levou. Os stalinistas entraram na van do PSD com parada em Brasília e Alesc. Leia-se Angela Albino e César Valduga.
Palavrão
Roberto Salum e Lucas Esmeraldino vão à TV eleitoral defender chumbo e grade para a criminalidade. Os demais nomes ao Senado vão se esconder no verbo que não é da marca de cada um. Mais do mesmo, correm perigo eleitoral.
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