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Destino político de João Rodrigues; STF ignora Comissão de Ética; Oeste perde aliado; Incompetência dos advogados; Ulisses Gabriel no Duas Perguntas

Por: Marcos Schettini
07/08/2018 23:34 - Atualizado em 08/08/2018 21:09

O tempo jogando contra João Rodrigues

Está claro, em todos os desfechos até agora apresentados em desfavor de João Rodrigues, que seus defensores, desde o início, não tiveram a competência de dar a ele a segurança de sua inocência. E continuam tropeçando. O parlamentar foi trancafiado pela incompetência generalizada de seus advogados que, sem apresentar algo contundente, deste este fatídico desfecho, ainda na década de noventa, não deixaram sua liderança dormir com tranquilidade. A condenação em 2ª instância no TRF-4 apontou isso. O processo de condenação originário em Chapecó foi o deslize que deu sequência na capital gaúcha. O deputado federal mais que prova sua distância deste episódio e, no entanto, não sensibiliza a Corte. A decisão de ontem inviabiliza seu retorno às urnas e, sem poder defender a si mesmo, fica à deriva. Com a palavra os seus procuradores.


A coligação liderada por Merisio é vitoriosa em que direção?

A coligação liderada pelo Gelson Merisio é vitoriosa porque foi visionária ao levantar temas polêmicos, como a Segurança Pública e a redução da pesada máquina estatal, em especial as Secretarias e cargos comissionados. Quando ninguém se preocupava com a Segurança Pública, o Gelson hasteou essa bandeira. Quando todos estavam preocupados com mais cargos em Secretarias Regionais, ele queria diminuir. Tanto é verdade, que todos passaram a seguir as pegadas dele. As pessoas estão cansadas das benesses dos políticos e da sensação de insegurança e de impunidade. Ninguém mais aguenta ficar preso em casa, em regime fechado, enquanto os criminosos estão na rua, em regime aberto. Precisamos atuar de forma mais dura, contra o crime e contra os privilégios da classe política, que ao que parece, está vivendo em um mundo paralelo, de Poliana.

Qual é seu sentimento em relação à proporcional junto ao eleitor?

Entrei motivado por um desejo de mudança com seriedade. A política precisa de mais atitude. E com atitude, geramos mudanças em diversas áreas, em especial no combate ao crime. Eu, antes de tudo, também sou um cidadão indignado com o aumento da criminalidade e impunidade das quais estamos cercados. Tenho percorrido o Estado e o número de pessoas que se identificam com o nosso projeto aumenta a cada dia. Meu histórico de trabalho na Polícia Civil, frente à Adepol (Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina) e como professor universitário, facilita o contato com a população e também que ela se identifique, pois sempre levei meus objetivos com muita responsabilidade e seriedade. Pelo fato de minha candidatura ser suprapartidária, agregamos pessoas de diversos partidos, ao mesmo tempo em que cresce o número dos que estão conosco e que nunca se envolveram politicamente, isso porque o cenário caótico atual do Brasil fez as pessoas finalmente despertarem, pois todos nós, sem exceção, sofremos influência da política, e é hora de tomarmos uma atitude com coragem e sem demagogia. As pessoas que não aguentam mais a velha política nos apoiam e nos motivam a ir em frente. Isso é o que estamos sentindo verdadeiramente nas ruas.


Falação

Depois da notícia ruim sobre sua liberdade, aguarda-se que João Rodrigues, em semiaberto, grave um vídeo dando a direção de seu projeto político no cenário eleitoral. Qual será seu destino, quem vai abraçar, como e seu substituto.

Injustiça

Aguardava-se que JR, já amanhã com seu passaporte garantido, voltasse às ondas eleitorais de outubro surfando na busca do repeteco de 2014. Fecham-se as cortinas de um retorno que, sem tempo, sufoca sua volta às urnas.

Consequências

O que se esperava da sua volta seria a motivação marcada em suas manifestações de sua inocência, implicando, ao lado de Merisio, JPK, Amin e Colombo, ser ator principal e não coadjuvante na luta pela conquista do governo estadual.

Lado

Se está certo o raciocínio que, agora sem chances reais para voltar à disputa, o caminho que o deputado federal vai seguir no processo é o da ira e abandono do barco de Gelson Merisio, sinalizando aos seus comandados voltarem-se ao MDB.

Efeito

Diante de fazer um vídeo sinalizando em favor do MDB, João Rodrigues faria o raciocínio de que foi entregue aos leões quando de sua prisão. Entende que, pelas influências que seu grupo teria, poderia evitar o estrago que vive.

Bombeiros

Deixando baixar a poeira, os quatro majoritários deverão ir a Brasília sentar com João Rodrigues para, juntos, tirarem arestas de dúvidas e tirar seu apoio público à candidatura. Destes, dois com potencial para isso, Amin e JPK, serão escalados.

Escalação

JPK na vice e Amin ao Senado são os porta-vozes por circunstâncias naturais. Ambos conviveram por quatro anos com João Rodrigues em Brasília, firmando relação. Colombo fritou sua volta à Agricultura e Merisio assumiu sua liderança.

Também

Mauro Mariani, Jorginho Mello e Paulo Bauer, vão estimular a ira de João para que, silencioso, mande o recado de sua distância da chapa liderada por Merisio. Convivendo de igual modo com ele, vão explorar esta relação em seus favores.

Preparação

Fabiana Rodrigues, esposa do deputado, já estava mobilizando o coletivo, carro de som e aliados, para a recepção do parlamentar em sua volta à terra em que foi prefeito duas vezes. Como ele, cheia de indignação, deve assumir a posição.

Posição

Orientada por ele, filiada ao Democratas de JPK, Fabi Rodrigues deverá dar continuidade ao poder perdido na decisão em Brasília e garantir o espaço que é de domínio. Se assumir a candidatura, será de Brasília que João vai comandar o êxito.

Quietos

Não se viu uma só manifestação das lideranças, seja do Oeste ou Litoral, em favor de João Rodrigues diante da decisão da 1ª Turma do STF. Entendem que agora, mais do que nunca, é falar tête-à-tête para evitar enfrentar ou afrontar o Judiciário.

Indiferença

Os ministros ignoraram, completamente, o recado dado pela Comissão de Ética da Câmara que, sem concluir o desfecho de cassar o mandato de João, convenceram-se de sua inocência e esperaram, com isso, reparação no STF.



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