Na mira do inimigo
Antônio Gavazzoni elaborou uma narrativa familiar para expressar a necessidade de Santa Catarina ter Gelson Merisio como futuro governador. Testemunhando a favor do cunhado que conheceu ainda quando criança, viu nele um enxadrista fora do comum que, ensinando-o nesta modalidade, nunca ganhou uma partida. Do outro lado, no Centro Administrativo e na Casa d’Agronômica, as três mulheres principais dos ulyssistas, jogam com suas presenças para sensibilizar o eleitor. Nicole Torret Moreira, Cynthia Mariani e Ivete Appel da Silveira, colocam suas sensibilidades de mãe que, neste final de semana, ganha força ao lado do Dia dos Pais. São as táticas de jogar, no frio chão eleitoral, o calor familiar que tira o azedo natural de uma disputa política. Merisio é pai de duas adoções e, neste domingo, fica com a família. Na segunda, ele e seus concorrentes, assumem a versão sniper. Um acertando no outro para matar.
Oposição
Os candidatos a senadores do PT, PSDB e PR, além de Lucas Esmeraldino e Roberto Salum, silenciaram-se ao conhecerem o recebimento da denúncia contra Colombo. Nome dentro da coligação de Gelson Merisio, vão ligar ele à candidatura ao governo.
Maré
O ex-governador do PSD tem visto seguidos terremotos cercando seu projeto de 2018. Insônia permanente desde o naufrágio do Fundam, verbas aos deputados e a Odebrecht no calcanhar, agora é a juíza eleitoral Maria Paula Kern.
Ombro
Raimundo precisa, mais do que nunca, de blindagem política e nitro no motor ao Senado. Sendo explorado à exaustão durante os programas eleitorais a seguir, vai gritar pela coligação e a influência de Jorge Bornhausen para produzir força de chegada.
Efeito
O candidato Jorginho Mello vai agir forte. Ao saber que a juíza eleitoral Maria Paula Kern recebeu as denúncias contra Colombo, vai jogar miguelitos nas intenções do ex-governador. Na mesma estrada para Brasília, acabou a relação.
Presente
A coligação de Mariani joga tudo para que sua majoritária faça barba, cabelo e bigode em outubro. A denúncia contra Colombo foi seu presente antecipado no Dia dos Pais. Animado, vê um Jorginho Mello dançar à moda Marun.
Inverno
Raimundo vive temperaturas bem abaixo da registrada neste final de semana. Congelando os neurônios, não somente precisa se preocupar, muito, com sua ida a Brasília, agora em dobro, mas com seus adversários mirando o tendão de Aquiles.
Aura
O antecessor de Eduardo Pinho Moreira deixou a água benta cair e tropeçou no turíbulo. Sua vida pública tornou-se um inferno. Colombo tem tripla missão rumo a Brasília em 2018. Convencer o PSD, o cidadão e a juíza Maria Paula Kern.
Balançando
Quem é do círculo pessoal de Élio Cella afirma que o republicano tem ensaiado declinar da disputa a deputado estadual. Tem sentido o clima dentro do grupo que o conduziu, duas vezes, à condição de vice-prefeito de Chapecó.
Amargo
Mais que uma disputa para deputado estadual, é a responsabilidade de chegar neste objetivo. O vice de Chapecó, reconhecido como quadro de futuro, é de queixo duro e de relações com a elite, longe do eleitor. Se desapontar nas unas, acaba-se.
Reavaliação
Élio Cella, candidato do PR a deputado estadual, tem que ter tiro certeiro para moldar seu futuro político. Neste caso, se levar em consideração a presença de candidatos da mesma célula onde cava votos, corre risco de se decepcionar.
Raciocínio
Se Fabiana Rodrigues mergulhar no pleito pela Alesc a pedido do marido, Américo Nascimento sai do palco. Élio Cella deve seu retorno às urnas pelas mãos de João Rodrigues. Neste caso, se ela for, ele fica na obrigação de ajudar.
Insônia
Uma é a amizade, outra é a dívida. Élio sabe que o jogo para eleger Gelson Merisio envolve diretamente o grupo que ocupa a prefeitura desde 2004 quando João Rodrigues desalojou o PT em Chapecó. Está repensando se deve passar por esta prova.
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