O mundo dos marqueteiros
Os homens de fundo, aqueles que tornam carvão em diamantes, sabem bem o que fazer, e como devem seguir, para influenciar o eleitor a definir, pelo que escutam e olham, qual é o melhor nome a assumir o destino estadual. Em direção ao convencimento, estão todos os mecanismos necessários para que sejam estratégicos nesta direção. Os debatedores têm seus anjos-da-guarda que ajudam, em suas realidades, a não caírem no abismo. A maioria deles, esquecidos e não lembrados, vão estar na urna. Apenas. Uma é a cara na máquina, outra na cabeça. Quem vai votar sabe que, aquele que aparece mais, e menos metralhado, é um nome. É aí que aparecem os laboratoristas. O produto é ruim, mas como uma Coca-Cola, bebe-se. Neste momento, o eleitor decidiu o novo governador. Quem vai dizer, alheio a isso, é a pesquisa que sai daqui a pouco. Quem cresceu, quem manteve, quem desceu.
Real
O confronto direto entre candidatos ao governo de SC, nos estúdios do SBT, marcou dois caminhos de entendimentos que devem ser levados em consideração. Político não tem medo do eleitor e a TV ainda acredita neles.
Bobagem
Político muda o rosto, mas não seus interesses. O eleitor dá crédito porque é refém de sua vontade de entender o meio e escolher. Por isso senta para assistir. E faz com vontade. A audiência do SBT, no horário de transmissão do debate, mostra isso.
Enfrentamento
Fica claro que, embora a presença dos nanicos no debate, a grandeza dos enfrentamentos estão, claramente, entre MM, GM e DL. Os demais acenam implorando a atenção que não tem força para exigir. A democracia dá este impasse cansativo.
Preparado
Mauro Mariani tem se apresentado como grande nome do novo MDB. E tem como demonstrar. Além de pedir a cabeça de Temer em Plenário, exigiu o tropeço da Executiva Nacional em nome da limpeza. Se Merisio buscar comparação, erra.
Longe
O candidato do MDB passa em revista sua conduta de transparência e opositor do MDB Nacional. Se puxarem o tema de sua ligação com Temer, perdem pela insistência. Ele não apoia Henrique Meirelles e quer Michel na latrina onde se encontra.
Diferencial
Ao ser atacado por Décio Lima, Mauro Mariani se antecipa distanciando-se de quem, em Plenário, deu o recado. Se Gelson Merisio e Décio Lima querem ligar o presidente do MDB ao fracasso de Temer, precisam repensar.
Temas
À exceção do rosto impactante de Camasão e o capítulo bíblico do Apocalipse de Jessé Pereira, o debate do SBT foi no tamanho do esperado. Os quadros, na insistente boa vontade do telespectador, foram suficientes. Do todo, o que cansou foi tudo.
Debates
Se há uma razão para assistir aos debates televisivos é, sempre, o enfrentamento entre os postulantes. As ideias de todos, sempre iguais, cansa. Mas o bate-boca que marca quem assiste, muda muito. Para o popular, é no quebra-quebra que convence a perda de tempo.
Profissionalismo
Mais que a frente demonstrada pelo compromisso com a democracia, espaço dado pelo SBT em favor do eleitor, foi o mediador. Cláudio Prisco Paraíso fez sua parte. Os entrevistados, mais em seus interesses, disseram nada com coisa nenhuma.
Esperado
O candidato, pelo fato de ter um período curto de eleição, não vai ao debate na TV, justamente em início de confronto, jogar todas as armas em adversários reclusos. É preciso aguardar o amadurecimento. Vai ser, mais a frente, a carnificina.
Carnificina
Os pretendentes eleitorais, ainda avaliando-se entre si, sabem quem são os fracos, perda de tempo e, os fortes, a ameaça de chegada ao 2º turno. Por que bater agora quando, eleitor esquecido, decide somente no final? Ossos expostos só no final de setembro.
Linha
O militante, defensor de seu candidato, trabalha para que o eleitor seja convencido que, o candidato que defende, é o melhor. Nestes tempos de dor e ranger de dentes em torno dos homens públicos, quanto mais falar, mais afunda.
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