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Memórias | Conheça a história política do ex-prefeito de Xaxim Nildo Folle

Por: Luiz Dalla Libera
24/08/2018 16:46
Arquivo/LÊ Nildo Folle, em seu escritório na Ervateira Folle, em registro feito pelo LÊ em 2011 Nildo Folle, em seu escritório na Ervateira Folle, em registro feito pelo LÊ em 2011

Nildo Folle foi o quinto prefeito eleito de Xaxim. Assim como seu antecessor, Darci Teston, sua primeira vida pública foi como prefeito municipal. O Jornal LÊ NOTÍCIAS publicou em 30 de outubro de 2015, que Nildo Folle desde criança trabalhava com a família na produção de erva-mate. Antes de comentar da sua eleição e gestão, quero recordar como era produzida e comercializada a erva-mate. Tenho como boa memória que há setenta anos, a erva-mate era 100% nativa e os nomes das indústrias eram: Carijó, Soque ou Barbacuá, talvez conforme a quantidade a erva-mate era comercializada solta (a granel).

As grandes vendas eram embaladas em bolsas de estopa, o varejo nos armazéns de secos e molhados, embrulhavam papel, não apenas a erva, mas também outros produtos, como o sal, açúcar, café e o preço da erva no varejo era avaliado a base da arroba. A empresa Erva-Mate Folle cresceu pelo seu trabalho de luta, não pela sonegação de impostos. Eu não sei qual era o modelo de impostos que recolhiam, mas com certeza não era o ICMS.

Os armazéns vendiam no varejo, a maioria anotava em cadernetas e pagava após vários meses, sem nota ou ticket. Os impostos existiam, os fiscais eram rigorosos, fiscalizavam em áreas rurais, até no meio do sertão até as pequenas indústrias de produção: moinhos, alambique, venda de vinho e as pequenas bodequinhas.

Talvez Folle iniciaram em pequena escala pelo pouco consumo de erva-mate, mas parabéns à família Folle, que foram pioneiros nesse ramo. Deve ser a empresa mais antiga de Xaxim, mais antiga no geral, que estão a caminho de um século de ramo no erva-mate. Parabéns, mereceu o nome de Vila Florindo Folle.

ELEIÇÃO E GESTÃO

Nildo Folle foi o primeiro prefeito eleito em Xaxim eleito pelo MDB, como escrevi na coluna passada dos tombos do Arena, da antiga UDN, deu três tombos ao MDB e o antigo PSD. Apesar de que a política é igual aos times de futebol, houve várias conquistas seguidas e também várias derrotas. Em seguida, o que aconteceu em Xaxim foram as eleições políticas.

Nildo Folle foi um dos três adversários de Darci Teston na eleição de 1969. Na eleição seguinte, em que foi eleito concorreram na dupla, contra um único candidato da Arena. Nildo Folle e o companheiro de chapa, o presidente do partido era Matusalém Vieira dos Santos. O MDB inteiro não trabalhava apenas em busca ou a conquistar, trabalhavam mais em busca da impugnação ou a cassação da chapa da Arena inteira, dos prefeitos aos vereadores.

Isso aconteceu a menos de oito dias da eleição. A Justiça Eleitoral cassou a chapa inteira e não deu direito ou tempo para formarem outra chapa, ou marcar outra eleição. Ainda se votava com cédulas oficiais, já estavam prontas com nomes das duas chapas. Não deu tempo de fazerem novas cédulas, mas o Dr. Juiz Eleitoral fez várias publicações quem votava nos candidatos da Arena. O MDB tinha que fazer 50% a mais, houve muitos votos nulos e brancos, o MDB fez a maioria, também 100% dos vereadores.

Foi a primeira vez que houve votação na Linha Limeira. Havia o voto separado, colocava a cédula na urna dentro de um envelope separado, com o título. Sou certo disso, uma vez que eu também votei separado. Votava na cidade e era fiscal em Limeira.

GOVERNO DE NILDO FOLLE

Conforme a publicidade do Jornal LÊ NOTÍCIAS de 30 de outubro de 2015, o grande passo no desenvolvimento e crescimento econômico de um futuro progresso de Xaxim, foi a vinda da Chapecó Avícola. Houve algumas picuinhas críticas, que não foi dado só a licença e autorização da Prefeitura para a instalação. Foi dado muito apoio e ajuda e alguns diziam “destrói uma empresa e constrói outra”. Queriam dizer, o frigorífico de aves instalou-se no antigo frigorífico de abates de suínos.

Eu confirmo o contrário. Nada de perda ou prejuízo dos suinocultores à nossa família. A maior economia era dos suínos, não tivemos prejuízo ou suínos a serem levados no antigo frigorífico Saic em Chapecó.

Não existia frete, nem em Xaxim, tampouco em Chapecó, que onde eram os mesmos proprietários, os De Nês. No início do abate, abatiam vinte e quatro mil aves ao dia num lote. De acordo com os dados do site de 2015 da Administração Municipal, que em 1973 teve três pontes, mas não eram informados os locais em que eram as construções. Pode ser que além das três autorizadas, construiu-se mais. Uma foi entre a Linha Limeira e Carola Maia, no rio que dividia Chapecó, hoje Cordilheira Alta (reconstruída), foi construída na gestão de Osmar Conte, 10 anos antes. Aquela região não favorece as pontes, uma vez que há muita elevação e chuvas.

Mais uma vez que a Prefeitura der Xaxim teve que arcar com o próprio custo. Apenas porque muita produção agrícola de Carola Maia, que facilitava o escoamento de Xaxim.

Por último, no site havia uma informação de que em fevereiro de 1976, foi autorizada para aquisição de transformadores para rede de energia elétrica. Porém, eu posso afirmar que a gestão de Nildo Folle fez algum favorecimento antes de fevereiro de 1976, firme e certo e sem promessas de campanha política. Porém, na verdade, na véspera da eleição, sei que apareceram alguns postes espelhados na beira da estrada da Limeira, mas não foi não o plano de governo do MDB, porque o partido ficou muito indignado com aquele fato clandestino.

Não lembro bem se foi em 1974 ou 1975, numa quinta-feira se reuniram os moradores de Limeira e Carola Maia, na antiga serraria Dalla Cort, a convite dos prefeitos Nildo Folle de Xaxim e Etelvino Basso de Coronel Freitas. Enfim, que em 09 de abril de 1975, foi firmado o contrato de construção da rede elétrica de 30 moradores, mais a Igreja representada pela diretoria. Todos assumiram o contrato original, ainda hoje está nas minhas mãos. Aquele contrato que foi assinado é uma recordação, entre moradores e a firma eleito Xaxiense LTDA, que seguiu no contrato o nome da empreiteira. Ela assinou o valor total de 175.000 cruzeiros.

Consta o padrão e projeto exigido da Hidroelétrica Xanxerê, hoje Iguaçu Energia e Celesc, o custo do valor da Celesc. O custo era a rede de alta e baixa tensão e o custo de mão de obra qualificada dos eletricistas, para abrir os buracos, deslocamento e o levantamento dos postes eram auxiliados pelos sócios.

No contrato, não constou o valor que era de transformadores, mas a empreiteira já tinha conversado com o prefeito Nildo Folle, informando que seria de custo zero para a sociedade. Além de ser beneficiadas, as sociedades de Limeira e Carola Maia, eram mais de sessenta famílias. Como consequência, os comércios venderam muito mais aparelhos eletrodomésticos e motores elétricos.

Mais a empreiteira que vendeu o material da rede e as instalações nas residências, após os moradores instalarem os estábulos. O valor das redes entre Limeira e Carola Maia somado e calculado naquele tempo era igual a 1700 bolsas de soja.


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