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MÚSICA NA ALMA

Discípulo de Frei Afonso Vogel consagra-se na Orquestra Sinfônica de Porto Alegre

Por: LÊ NOTÍCIAS
29/08/2018 10:32 - Atualizado em 29/08/2018 10:33
Arquivo Pessoal Eder Kinappe, que já fez especialização nos EUA, também teve a oportunidade de participar de uma turnê por seis países da Europa Eder Kinappe, que já fez especialização nos EUA, também teve a oportunidade de participar de uma turnê por seis países da Europa

Por Vitória Schettini

A combinação harmoniosa de ritmo, harmonia e melodia, que soe de maneira agradável aos ouvidos é a definição de música, o principal instrumento de trabalho do músico e professor Eder Kinappe, que morou em Xaxim há mais de vinte anos. Eder trabalha como músico na Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (RS), toca como convidado na Orquestra Unisinos Anchieta e na Orquestra de Câmara da Ulbra, em Canoas (RS). Em entrevista ao LÊ NOTÍCIAS, ele relata sobre como surgiu o interesse pela música e pela profissão, que exerce há muitos anos.

Eder, que é natural de Realeza (PR), morou em várias cidades do interior do Paraná e Santa Catarina com sua família, mas em 1987 mudou-se para Xaxim. Cursou até a 7ª série na cidade e passou a viver em Porto Alegre (RS), quando tinha 13 anos, em 1994. “O meu interesse pela música vem desde a infância, porém não há relação com a música que trabalho atualmente. Meu pai era radialista e eu tinha acesso a muitas músicas de sucesso na época, de diversos estilos musicais. O que predominava em casa era música gauchesca e nativista, e meu pai também tocou num conjunto de baile. Mais tarde, a música erudita surgiu quando eu tinha 11 anos, por interesse próprio”, relembra Eder.

Ele conta que Xaxim contribuiu fortemente para a escolha desta profissão, quando descobriu que o pai tinha um disco de Mozart, foi quando a música clássica o tocou intensamente. “Além dessa experiência, eu pude fazer parte do Coral Arautos do Grande Rei, que o Frei Afonso Vogel criou. Foi um divisor de águas na minha vida, no qual eu recebi uma excelente educação musical com o Frei, aprendi a ler música, a tocar órgão de igreja, harmônio, piano, flauta doce, além de ter aprendido a cantar obras significativas de repertório de coro, da música ocidental”, conta ao LÊ NOTÍCIAS.

APRENDIZAGEM

De acordo com Eder, quando se mudou para o Rio Grande do Sul, foi estudar em uma escola de música em Novo Hamburgo. No instituto, havia aulas de diversos instrumentos musicais, além de uma camerata, que é um grupo de pequenos músicos de cordas, viola, violino, contrabaixo e violoncelo. “Nessa camerata, eu conheci o instrumento que eu toco hoje, o contrabaixo acústico. Eu tive aulas de Teoria e Percepção, Contraponto, de Harmonia. Também tive as primeiras lições de contrabaixo com o professor Nilson Prestes, que os fabricava. Quando atingi um mínimo de conhecimento do instrumento, eu prestei concurso para a Escola de Música da Ospa, o conservatório que atualmente sou professor”, relata o músico.

FORMAÇÃO

Para se tornar músico, Eder Kinappe fez um curso profissionalizante de quatro anos na Escola de Música da Ospa, entrando posteriormente no bacharelado em Música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em contrabaixo acústico, por quatro anos, onde ele também foi professor. Após se formar como bacharel em Música, Eder Kinappe fez um curso de especialização na University of Georgia, em Athens, nos EUA. Retornando a Porto Alegre, ele prestou um concurso público para a Orquestra Sinfônica da cidade, em 2006, onde é professor até hoje. Também prestou concurso para ser professor do Conservatório Pablo Komlós – Escola de Música da Ospa, onde também continua lecionando. Além disso, Eder é professor do Festival Internacional Sesc de Música e Festival Internacional de Música de Belém (PA).

Professor Eder Kinappe é especialista em contrabaixo acústico, mas também te noções de piano, flauta e violão (Foto: Arquivo Pessoal)


ROTINA

Como cotidiano de trabalho, ela comenta que tem uma rotina puxada de trabalho, por conta de tantos compromissos. “Todas as manhãs, eu tenho ensaios com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e, no sábado à tarde, um concerto oficial com outra orquestra. Nas tardes da semana, eu dou aula no Conservatório, nas quintas e sextas à tarde. Nos demais dias, eu trabalho como convidado na Orquestra Unisinos-Anchieta e na Orquestra de Câmara da Ulbra. Nas tardes livres, eu estudo o repertório e o instrumento, para que possa me manter em um nível adequado para cumprir meu trabalho, que ocupa, no mínimo, quatro horas de estudo”, comenta Eder, que também tem noções de piano, flauta e violão.

EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS

Eder também teve a oportunidade, em virtude de ter participado do Coral Arautos do Grande Rei, de fazer uma turnê pela Europa. “Eu fiz uma turnê por seis países europeus, cantando no Coro de Novo Hamburgo, que era um coro parceiro do Arautos do Grande Rei. Eu passei pela Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, Suíça, Áustria e França. Foi uma vivência maravilhosa e que guardo recordações muito boas”, finaliza o músico, que fala inglês, italiano, espanhol e francês.


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