Bem, em meio à comoção em roda do acidente da Chapecoense, tivemos duas polêmicas: a da aprovação do texto das dez medidas contra a corrupção, que acabaram virando quatro e totalmente alteradas, e a decisão de uma turma do STF sobre suspender a prisão preventiva de umas pessoas envolvidas em um aborto.
Em relação à aprovação da lei sobre corrupção eu só me manifesto depois de ler o texto final que foi aprovado pela Câmara, pois quando se trata de política sempre há alguma distorção das informações por parte dos meios de comunicação. Já sobre o caso do aborto teve mais fidelidade nas notícias. Essa decisão judicial vale apenas para um caso em específico e não significa descriminalização do aborto realizado até o terceiro mês de gestação.
Teve gente, inclusive jornalistas da Folha de São Paulo, que interpretou como legalização da interrupção da gravidez, mas não foi isso. O que ocorreu foi que o ministro Barroso votou a favor de afastar a prisão preventiva das pessoas envolvidas em um caso de aborto E posicionou-se contra a criminalização do aborto se realizado até o terceiro mês, porém isso não vale como legalização.
Bem, na questão do aborto eu penso que deve ser descriminalizado apenas em casos bem específicos. Se a gravidez for resultado de um estupro penso que é plenamente admissível, mas se a mulher engravidou por simples descuido, aí que arque com as consequências. Existem vários métodos para prevenir gravidez, sendo que pílula anticoncepcional e camisinha são dados gratuitamente pela rede pública de saúde. Opção e condições não faltam. Até quarta-feiraRua São João, 72-D, Centro
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