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2ª ed. do Dança e Teatro ressalta importância das artes

Estudantes do Gomes Carneiro emocionaram no ginásio da escola
Por: Felipe Giachini
05/12/2016 18:12 - Atualizado em 06/12/2016 14:31
Músicas emocionantes garantiram a atenção do público. (Fotos: Felipe Giachini/LÊ) Músicas emocionantes garantiram a atenção do público. (Fotos: Felipe Giachini/LÊ)

O receio e a vergonha ficaram de lado para os alunos do terceiro ano do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Gomes Carneiro, de Xaxim, na manhã e tarde de hoje (05). O “Projeto Dança e Teatro” mobilizou os estudantes de quatro turmas, que prepararam diversas apresentações unindo temas vivenciados pela sociedade e o talento, que para muitos, estava apenas escondido. Ao som de músicas dos mais diversos estilos, emoção e sensibilidade foram destacadas aos presentes no Ginásio de Esportes da instituição, que reuniu alunos, professores e coordenadores, bem como visitantes da Escola Custódio de Campos. A ideia iniciou no ano passado e, devido ao sucesso da proposta, foi realizada a segunda edição, com novos temas, abordagens e coreografias. Esta que iniciou na disciplina de Artes após estudo sobre a artista Pina Bausch, que evidencia que o corpo não tem limites quando o assunto é dança, independente de tipo físico. Foi por meio de movimentos e expressões corporais que os estudantes apresentaram sobre miscigenação musical, racismo, homossexualismo e também evolução humana.

Conforme a professora de Artes, Leonita Alves Zilli, assim que os alunos assistiram algumas obras da artista, logo surgiram os temas que se destacam na sociedade atual. “Temos pessoas que assumem diversos papeis diante de nossa sociedade e a gente tem um respeito muito grande quanto a isso e os próprios alunos buscam esse respeito. Eles tiveram de representar com a dança - o movimento do corpo - e com a expressão - o movimento da alma -, o que foi um desafio, afinal não são profissionais da dança. É muito importante fazer com que eles estejam no palco e interpretem algum personagem, pois é uma forma de eles buscarem esses valores e transmitirem da melhor maneira para o público, o que é um ganho muito grande para o conhecimento deles”, salientou.

Aos 17 anos, João Pedro Neres teve a primeira experiência em palcos e sentiu na pele a emoção que os artistas sentem e, mesmo com as dificuldades por nunca ter dançado antes, inclusive a maioria do grupo, percebe que a atividade foi fundamental para aprimorar o conhecimento sobre as adversidades que os negros, tema escolhido, sofrem no dia a dia. “Representamos a luta dos negros pela liberdade e para mim foi importante transmitir esse conhecimento, coisa que eu também não tinha muito evidente, em forma de arte. O evento em si foi muito bom porque não ficou apenas em nossa escola, isso foi importante para Xaxim e acredito que conseguimos passar essa mensagem”.

A gerente regional de Educação, Elaine Alberti, também esteve presente. Ela, que por mais de 20 anos trabalhou na escola, a maior parte como professora de Artes, reconhece que a atividade serviu para alavancar o conhecimento dos alunos. “Acredito que a arte humaniza as pessoas e é essencial que façamos esses desafios com nossos alunos, até porque para dançar não precisa ter um ritmo especial, todo mundo é capaz de fazer algum movimento. Foi comprovado hoje o quanto isso é especial, que é natural do ser humano e só precisa de uma forma para extravasar. Parabenizo a escola por proporcionar momentos como esse, que só engrandecem os trabalhos”.

Moacir Nalin é o diretor e enfatiza que quando a proposta foi pensada, o desafio maior foi deixar tudo nas mãos dos alunos, pois os responsáveis não tinham noção do que iria acontecer, mas, para a surpresa de todos, a satisfação que fica após acompanhar o envolvimento dos estudantes e a repercussão do resultado é grande. “Percebemos que eles têm muitas ideias e isso faz com que eles consigam mostrar que têm potencial e nesse projeto a gente descobre talentos que talvez em sala de aula eles não teriam como expressar. Eles se soltam, mostram o talento, se desafiam e mostram que são capazes. O resultado foi extremamente positivo porque vimos coisas fantásticas e, além disso, temos de valorizar as múltiplas formas de aprendizagem”, expôs.


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