O efeito Haddad para Alckmin
O Datafolha de hoje elevou o tamanho do ex-prefeito paulistano e o crescimento de Jair Bolsonaro. É possível que, se ocorrer que supere o militar nas novas consultas dos 17 dias para o grito das urnas, a tendência é que Geraldo Alckmin seja beneficiado nesta direção. Se o Ibope deu-lhe um significativo pulo na segunda-feira, na aferição divulgada nesta madrugada, não mostrou muito. Parado na leitura e com perfil de estadista, reconhecidamente visto como equilibrado, preparado para dar destino ao Brasil, seria o único quadro capaz de derrotar o petista. Se os números mostrarem que a onda que beneficia o capitão coloca em xeque a vitória dele, os tucanos imaginam que a debandada para o ex-governador paulista seria natural. Sonho, pode ser que sim.
Como o senhor vê sua expulsão do PSB?
Não estou preocupado. Estamos em uma democracia e tenho direito de escolher meu candidato a presidente. Se eles entenderam que a expulsão era o caminho, isso não altera minha conduta, meu modo de ser, minhas convicções. Sou amigo, fiel aos meus princípios e estou na onda do povo brasileiro, que quer um candidato novo, com ideias novas e caiu no gosto das pessoas. Se isso não é um argumento para seguir o meu povo, então não sei qual é. Visto a camisa do povo brasileiro que cansou. Como eles, eu também.
Qual o partido que o senhor vai assumir?
Vou ficar sem partido. Estou com minha gente e eles são meus partidos. Somos um grupo forte, temos obrigações com nossa gente e temos que fazer Chapecó crescer e ganhar mais altura econômica e política. Na questão econômica, somos respeitados no mundo. Na política, estamos com Gelson Merisio que é o mais preparado, firme e respeitado para levar Santa Catarina para o futuro. Vamos ganhar esta eleição porque temos o melhor time. Merisio governador com João Paulo de vice, Raimundo e Esperidião no Senado, temos o que há de melhor nas melhores posições. É o futuro que chegou e vamos fazer valer isso para o bem de todas as pessoas.
Posição
O candidato ao Senado pelo PR, casado no projeto com a esposa de LHS, ainda está buscando entender a lógica desta relação. Jorginho Mello, na altura do desfecho eleitoral, entende que, desde já, o partido já estaria respondendo.
Corrida
Jorginho Mello, na disputa ao Senado e na composição demonstrada, sabe que faltam 17 dias do sufrágio. Paulo Bauer, já senador e seu parceiro no jogo, também. Se já não conseguiram imprimir a ida e permanência, buscam entender o traçado.
Gelo
Antes candidato a governador, decisão da grande convenção de Joinville, Paulo Bauer viu em Mariani a lógica de retorno a Brasília. Entende, no sacrifício deste gesto, novo mandato que bate de frente com Amin e Colombo.
Começou
Os ataques contra Esperidião Amin e Raimundo Colombo, em rede social, deram 100 mil reais de multa a Jorginho Mello por vídeo e música difamando-os. O ato é visto como desespero do candidato a senador na coligação de Mauro Mariani.
Cadê
Jorginho Mello condicionou sua ida ao Senado aos nomes de Ivete Silveira e Casildo Maldaner na chapa. Não há nenhuma leitura que demonstre que esposa de LHS e o ex-senador sensibilizem o eleitor e faça-os entender esta amarração. Suplência e nada, é quase a mesma coisa.
Força
Décio Lima está pouco preocupado com números de pesquisas onde é terceiro no clamor. Feliz pelo demonstrado no Largo da Catedral na Capital com 8 mil gritando seu nome, vai esperar o Ibope amanhã para tirar as dúvidas do seu desempenho.
Esqueça
A guinada de vários prefeitos do PSD para o projeto de Jair Bolsonaro, acendeu a felicidade de Décio Lima. O candidato a governador entende que o crescimento de Fernando Haddad vai arrastá-lo para o 2º turno. Vê o MDB fora. Lógica quebrada.
Força
O MDB não somente é a maior força partidária do Estado no domínio de várias prefeituras de canhão eleitoral como, igualmente, tem uma militância napoleônica. Se os ulyssistas estão fora do 2º turno, a eleição foge da lógica. Nem o PSD acredita nisso.
Troca
O programa eleitoral de Mauro Mariani fugiu das propostas e começou a atacar Gelson Merisio. É que o comando trocou o marqueteiro que, de fora, não tinha intimidade alguma com SC. Com um da casa, o ulyssista retorna à campanha.
Fora
Gigante Buligon não quer saber de filiação partidária. Sua expulsão do PSB, muito menos. Diz que o partido não levou sua liderança à vitória política, mas os eleitores que, conhecendo sua idoneidade e lisura, deram-lhe a maior consagração nas urnas em 2016.
Azedou
Ninfo König, vereador e empresário em Joinville, viu na expulsão de Gigante Buligon o caminho para uma janela eleitoral futura. O PSB já não é sua prioridade. Não precisando dizer quem é, sua história diz por si. O filho de sapateiro ficou indignado.
Festa
Agora, nesta reta final de campanha, começam os ataques normais do processo político. Como ninguém quer perder a eleição, o desanimado programa eleitoral começa a incendiar. O eleitor gosta de ver as feras se digladiando. Pão e circo.
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