O fantasma de perder o mandato
Ganhar ou perder uma eleição faz parte da disputa. Seria como o padre e o pastor que, perguntando aos fiéis quem quer ir para o céu ficar com Jesus e todos levantam a mão. Hoje? Todos abaixam. Ter mandato faz parte do político. Ele, o suplente, é apenas um dentro de um jogo de sim-sim que, os vitoriosos, podem balizar entre o não que a força da conquista lhe confere. Ser dono do próprio projeto político tira dele a obrigação de dizer sim para tudo. Quem tem mandato negocia o que quiser. Ao contrário do que perdeu o projeto, de pires, sai batendo de porta em porta por um lugar comum dentro do Poder. São estes os fantasmas que rondam os deputados e senadores. Quem entrou ajuda a dividir, quem perdeu, é dividido.
Como tem sentido as necessidades do eleitor?
O eleitor está muito desacreditado da classe política. Mas ao mesmo tempo sabe a necessidade de escolher bons nomes para representá-lo, seja a nível estadual ou federal. Estou muito otimista com essa reta final de campanha, porque conseguimos nos comunicar bem com o cidadão catarinense através da família e dos amigos. A resposta é muito positiva.
Qual são seus desafios para o próximo mandato?
A necessidade de estar cada vez mais conectado com os anseios da população. Neste mandato conseguimos percorrer o Estado algumas vezes buscando sempre ouvir as demandas e, principalmente, prestar atenção ao recado que era repassado. Neste sentido votei a favor dos professores, contra a criação de cargos comissionados do TJSC, e cobrei a extinção das Agências Regionais. Neste próximo mandato queremos aperfeiçoar o trabalho estando cada vez mais próximo do cidadão. O eleitor tem dado esse recado nesta eleição e a gente precisa prestar atenção.
Recado
Gigante Buligon reuniu todo seu pessoal ontem à noite em Chapecó e, falando as diretrizes, desenhou o passo final desta semana que determina a escolha do futuro governador. O prefeito disse o alinhamento melhor para Chapecó.
Desenho
O prefeito de Chapecó pediu não somente alinhamento aos desafios que o tempo exige, mas que é o momento de liberdade e busca do coroamento que a história está oferecendo. Ou seja, é a vez que vê na pessoa de Gelson Merisio.
Afinamento
Mais que uma eleição, Gigante disse-se feliz por ter, como prefeito, a oportunidade de estar à frente do projeto que, pelas afirmações ditas, não é somente o grito de liberdade do Oeste, mas a chance de chegar ao desenvolvimento.
Indignado
Irio Grolli, ligadíssimo ao MDB, protagonista de um questionamento dos bens de Gelson Merisio, afirmou que não tem multa nenhuma e que foi absolvido das acusações de uso da máquina pública para interesse próprio.
Voz
O ex-juiz, ligadíssimo à liderança de Herneus de Nadal, hoje no Tribunal de Contas, nega que tenha usado da máquina. Levado a julgamento, é o nome para tirar o sono do candidato a governador do PSD. Como é do meio, pede credibilidade.
Novelo
A iniciativa de Irio, na busca de saber o que ele quer utilizar como caminho para colocar pedra no sapado de Merisio, tem orientação de cima. Embora sua iniciativa, o pedido veio da Secretaria da Fazenda. Não poderia ser de outro lugar.
Chamamento
Na entrevista do governador Eduardo Pinho Moreira, o nome de Antonio Gavazzoni é mola do debate. Embora fora do confronto, preocupado com o futuro do governo que entrega em dezembro, entrou no jogo para engrossar o caldo.
Fora
Antonio Gavazzoni, homem forte de LHS e Colombo na Fazenda, sabe que as provocações do governador é para atrair a atenção do eleitor para um debate que, se todos sabiam, por que não veio à tona antes. Ou seja, é politicagem.
Mais
O site The Intercept, que elaborou matéria contra o candidato Gelson Merisio, com tantos dados disponíveis, apareceu somente agora na semana da eleição. Se sabia de muito, por que soltou somente agora? Segurou por quê?
Dossiês
O Satélite havia afirmado que a semana seria de material que, como está sendo visto, ataca a pessoa do candidato do PSD. Se der certo, é uma vitória. Errado, vai provocar uma reação dentro da coligação. Até sexta vai escorrer lava eleitoral.
Então
À medida que ataca Gelson Merisio na última semana da eleição do primeiro turno, o clima positivo do coletivo liderado por ele aumentou. Seria a tese de que a motivação do dossiê confirmaria a superioridade da coligação sobre o MDB.
Provocação
Como as internas de cada lado é bem diferente da afirmação de que estão cabeça a cabeça nesta reta final, as mexidas são no sentido de provocar erros. Coordenadores e marqueteiros sabem o que fazer adiante.
Real
A ideia é de que o candidato ao Senado que subir ou cair vai definir seus rumos nos acertos combinados depois do grito das urnas. Quando o tropeço se manifestar, vai gerar a guerra interna. Se tem algo que político não aceita é trocar mandato por aventura.
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