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Artigo | Uma sociedade de consumo dependente do petróleo

Por: LÊ NOTÍCIAS
03/10/2018 11:14 - Atualizado em 03/10/2018 11:18
MB Comunicação Vladilen dos Santos Villar Vladilen dos Santos Villar

*Por Vladilen dos Santos Villar

De acordo com a Reuters, os preços do petróleo subiram nesta terça-feira (25) por receios envolvendo a oferta do produto em meio a sanções dos Estados Unidos sobre as exportações de petróleo do Irã. O barril do tipo Brent saltou para a cotação máxima de quatro anos, mas reduziu ganhos ao longo do dia e fechou em leve alta após o presidente dos EUA, Donald Trump, voltar a pedir que a Opep aumente a sua produção.

O tema petróleo restringe-se apenas às altas em seu preço, às capacidades de produção, à participação no mercado internacional de nosso país? Certamente não! O petróleo continua a ser a fonte de energia mais importante para a humanidade neste adiantado princípio de milênio. Continuamos ainda reféns dela, seja pela facilidade ou técnicas de uso utilizadas até aqui, seja pelo benefício comercial oferecido. É a constatação.

O significante dessa evidência é que o petróleo impacta e continuará a impactar nas economias das nações, sejam elas produtoras ou não. Nesse aspecto, há que se ressaltar, que a ocorrência de petróleo é extremamente generosa mundo afora. Existe petróleo nos quatro cantos do planeta. É bem verdade que a sua exploração tem custos muito diferentes em cada caso; fato que torna a atividade mais ou menos atrativa em cada caso.

Outro contexto que preocupa é a sua finitude. O alerta ocorreu no início dos anos 1970. Pânico geral: "o petróleo vai acabar amanhã? ou depois de amanhã, ?". Vai acabar sim, é uma verdade inequívoca! Afinal é um recurso orgânico-mineral, existente no planeta. Mas ele demora milênios para se formar (dependendo da decomposição e transformação dos materiais vegetais e animais depositados para que isto ocorra). Em resumo, "formar-se-á mais petróleo? "; sim, mas demora muito; recebendo, por isso, a classificação de "não renovável". Ou seja, acabou, acabou. Cabe, portanto que saibamos utilizar, com mais parcimônia, o tanto que resta. Mais tarde poderemos ser acusados de perdulários, pelo uso descabido desse bem, cada vez mais escasso.

Tendo as premissas irrefutáveis e o quadro anteriormente desenhado, como se pode refletir e, sobretudo, atuar? Utilizar o petróleo de "forma nobre" é um bom caminho; ou seja, não apenas como fonte energética, como combustível, mas como matéria prima para a produção de bens. Destes somos cada vez mais dependentes. Exemplificando, os plásticos e outros materiais, produzidos a partir de compostos petroquímicos. Evitar todo e qualquer desperdício, procurando o uso prudente e adequado, sobretudo "a queima" para a produção de energia, que merece ser "qualificada" como desperdício. O uso em sistemas de transporte, de esporte, de recreação e lazer, de satisfação pessoal ou social, deverá passar por avaliações conceituais e pessoais, para que não sejamos questionados em futuro próximo.

O Curso de Engenharia de Petróleo da Unisul, sem quesitos ou restrições, pregando a utilização adequada e pertinente do petróleo, insere-se no contexto de ser ator e partícipe da construção de um futuro construtivo, justo, perfeito e responsável.

*Professor e coordenador do Curso de Engenharia de Petróleo na Unisul


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