Nas semanas em que se discute a infame PEC do Teto de Gastos e a reforma previdenciária, que fará que todos tenham que trabalhar até quase morrer para poder se aposentar, vale a pena discutir sobre saúde.
Os avanços conquistados nas últimas décadas nos tratamentos disponíveis vieram acompanhado de crescentes custos. Os índices de saúde tem melhorado pouco a pouco, mas o risco agora é de retrocesso.
Não vou aqui discutir a PEC dos gastos nem a reforma nas aposentadorias, mas tratar de pontos que podem gerar economias nesse campo.
A nível individual, o esporte e uma dieta balanceada são essenciais para se chegar à velhice com saúde. O número de brasileiros que pratica algum esporte é pequeno, infelizmente. E há tantas modalidades que não exigem um ginásio para praticar.
Para correr, um bom tênis basta. Pedalar, uma bike e capacete. Nos últimos anos se viu um aumento de praticantes, mas o número pode ser bem maior. Com poucos recursos, mas bem aplicados, a Prefeitura poderia estimular tais esportes. A longo prazo, menos filas nos postos de saúde.
Quem sabe a freira Madonna Buder, de 86 anos, que vem competindo em provas de Ironaman (4km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida), possa inspirar a nos. Para evitar uma visita ao posto de saúde ou ao hospital vale a pena.
Por isso, o indivíduo deve também tomar as medidas ao seu alcance para manter uma vida saudável. O envelhecimento da população, fenômeno mundial, tem pressionado os serviços de saúde por toda a parte e certamente será mais sentido no Brasil, em grave crise econômica e política.
O aumentos dos custos na saúde tem pressionado também os planos de saúde privados. E com a crise, muitos migraram para o SUS.
Não há solução fora do SUS, o qual, apesar de inúmeros problemas, ainda é certamente a solução mais em conta. É só reparar nos EUA, que gastam em saúde mais que outros países igualmente ricos, mas não conseguem os mesmos resultados.
Fortalecer o SUS é o caminho, combatendo desperdícios (medicamentos vencidos?) e identificando e punindo desvios. Apesar dos pesares e dos problemas, sem o SUS a situação da população seria bem pior. Por isso, é preciso lutar por ele.
É difícil prever o futuro. Mas a turbulência política e econômica não permitem ver ainda uma luz no fim do túnel. E considerando a importância da saúde para todos, esse é um assunto ainda em aberto.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro