A eleição está chegando ao fim. As discussões em torno dos candidatos do PSL e PT acenderam o enfrentamento à flor da pele. Nada pode segurar a divisão entre seus adeptos que, diretamente influenciando na convivência entre todos, tem deixado todos apreensivos e se digladiando com palavras e agressões físicas e mentais.
O Brasil não tem tradição de enfrentamento entre seus irmãos, principalmente no meio político, mas isso já não é importante. Todos estão se enfrentando desrespeitosamente. Ninguém dá a mão com o calor de outrora. Se não é daquele lado, é um inimigo, um contrário perigoso etc, etc.
Chegou-se, neste momento, às formas mais cruéis de informações. Os lados em guerra ideológica têm sujeitado todas as pessoas a todos os tipos de perseguição, falta de respeito e ameaças. Por que isso? Já se vive em um estado de exceção.
Em plena democracia, sob a chuva ininterrupta de mentiras que todos recebem diariamente nas redes sociais, escolhe-se quem pode açoitar e ri desta surra. O cidadão, em um país reconhecidamente fraco em educação, não tem capacidade de discernir o que está acontecendo. Não tem sensibilidade do perigo que está sendo levado, de um lado e de outro, que pode colocar a sociedade em um ambiente de luta sangrenta.
As ideias mais radicais de extermínio de pessoas que pensam diferentes, já começam a ser mapeadas para, logo que sair o resultado, começarem as muitas perseguições políticas que todos estão sujeitos. Quando se diz todos, é sem exceção porque, qualquer dos lados que vencer, vai gerar um enfrentamento perigoso na vida das pessoas que apenas votam.
O ocorrido com um negro na Bahia, assassinado com várias facadas por ter escolhido um candidato que simpatia com suas ideias, é um fato inédito nestas eleições. Bem diferente do que aconteceu em 2014, mas iniciadas naquela.
Foi da disputa presidencial passada que, com país dividido, criou-se um leque de ações para chegar ao clima atual que, neste momento, não vale citar. As pessoas estão com medo. O terror toma conta do cidadão que, exatamente no meio, é o alvo principal.
Quem vencer vai gerar um confronto jamais visto. Se o terror já é presente agora, imagina-se na conclusão do resultado. O Brasil está sob ameaça plena de ódio e ranger de dentes.
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