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“Nunca se resolve tudo na agricultura”, disse Ledinho

Por: Janquieli Ceruti
14/12/2016 14:33 - Atualizado em 14/12/2016 14:34
O vereador destacou à repórter Janquieli Ceruti o comprometimento que terá com os xaxinenses (Foto: Felipe Giachini/LÊ) O vereador destacou à repórter Janquieli Ceruti o comprometimento que terá com os xaxinenses (Foto: Felipe Giachini/LÊ)

Ledinho Curtarelli (PMDB) é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xaxim, Lajeado Grande e Marema. Nascido em Xaxim, aos 67 anos, Ledinho cumpre o sexto mandato como presidente do Sindicato; o quarto na diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc); e está prestes a ingressar no quarto mandato como vereador – dois como eleito e dois como primeiro suplente. Pai de três filhos e três netos, Ledinho é casado e encontra na família a disposição para trabalhar pela comunidade xaxinense. No início do ano que vem, Ledinho ocupará novamente uma das cadeiras da Câmara de Vereadores de Xaxim e garante que ainda tem muito a somar.


LÊ NOTÍCIAS: Este já é o seu terceiro mandato no Legislativo e, eleito, se prepara para o 4º. Que renovação o senhor trará para suas ações dentro da Câmara?

Ledinho Curtarelli: Trarei, primeiramente, muita experiência. Mas, em companhia dos novos colegas, será tempo de aprender coisas novas. Tenho muito a repassar e muito a aprender também. O segredo num primeiro ou décimo mandato é saber ouvir o povo. Não adianta chegar lá dentro e fazer tudo como a gente quer. Por serem outros anos, as ideias se renovam. Nunca se sabe tudo. O jeito é manter os pés no chão, aprender e fazer o melhor para o município sempre.

LÊ: Em 2001, quando viveu o primeiro mandato, quais eram suas maiores bandeiras de trabalho? E quais serão a partir do ano que vem?

Ledinho: Sempre lutei por todos, desde o começo, mas minha maior bandeira sempre foi em defesa do agricultor. Sem o agricultor o povo da cidade não sobrevive. A vida nasce na roça. O agricultor tem que ter estrada boa; algo gratuito dentro da propriedade para que ele possa lucrar; e ter acesso à saúde quando precisa. Nunca se resolve tudo na agricultura, por isso sempre tem o que ser feito. E tem coisas que lá atrás não se precisava e hoje se precisa. Desde estrada, naquela época tinha menor trânsito de caminhões com destino aos aviários, chiqueiros e produção leiteira. Uma vez era trabalhar para que todos tivessem propriedades organizadas, hoje é atuar para que possam crescer.

LÊ: A agricultura sempre foi prioridade do trabalho do senhor. Na Câmara, como poderá fazer ainda mais para os agricultores e agronegócio xaxinense? O que o agricultor ou empresário do agronegócio está precisando?

Ledinho: Na Câmara poderei também encaminhar projetos de lei, mas para isso precisarei contar com o apoio dos colegas vereadores e do prefeito. Como presidente do Sindicato, posso buscar ações, mas tem coisas que não dá pra gente fazer. Já fizemos bastante enquanto Sindicato, por exemplo, entregamos 632 casas no interior entre Xaxim, Lajeado Grande e Marema. Trouxemos mais de R$ 8 milhões de graça para o agricultor. Mas, dentro da Câmara farei muito mais. Uma coisa que precisa, principalmente, ao jovem pra ficar na roça é internet nas propriedades. Ele precisa estudar e buscar informação sem precisar sair de casa. Tem filhos de agricultores que precisam vir para a cidade para fazer uma pesquisa. Telefone de boa qualidade é outra demanda. As linhas telefônicas do interior são péssimas. Tudo isto tinha que ter para mantermos nossos agricultores.

LÊ: Metade da arrecadação municipal é proveniente da agricultura, mas existem outras áreas a serem representadas. O senhor trabalhará para todos?

Ledinho: Trabalharei pelo agricultor, mas também dentro da cidade, nos bairros, em todos os locais que precisarem de mim. Somos conhecedores que 49% do retorno do município vem diretamente da agricultura, mas vem ainda mais do que isso. Os mais de dois mil funcionários da Aurora param de trabalhar se o produtor deixar de produzir os frangos. O leite que ele vende vai para o mercado e gera lucro lá dentro, assim como o gado, o suíno e os grãos.

LÊ: Xaxim conta com novos imigrantes. Haitianos e senegaleses, em maioria, mudaram-se para Xaxim em busca de emprego. Mas, ainda são muito precárias as condições de vida destes novos xaxinenses. Como o senhor trabalhará para que, além do emprego, exista a equidade de oportunidades?

Ledinho: A primeira coisa que estas pessoas precisam é de moradia. Tendo um lugar bom para eles se instalarem, que seja digno, faz toda a diferença. Trabalharei para que tenham bom acesso à saúde e à educação. Vamos trabalhar em conjunto para mudar a vida destas pessoas. São gente como a gente e precisam de dias melhores. Assim como minha avó, que veio da Itália, eles buscam uma vida melhor. A diferença é que naquela época o pessoal vinha para cá e não tinha indústria, então era mais fácil. O pessoal plantava na roça, então pelo menos comida tinha. E agora? Se não tiver emprego ninguém vive. Estou aqui para atender aos que mais precisam.


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