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Direito em Foco | Credibilidade da Justiça

Por: Gustavo de Miranda
24/10/2018 10:56

Eis uma verdade: a Justiça vive de credibilidade. Seu braço forte é o Judiciário e não há armas ao seu lado que não sejam a lei. Sem credibilidade a Justiça vira um zumbi errático. Sem força e sem moral pode ser dominada, engolida e controlada como acontece na Venezuela e no Peru.

Parece que o Judiciário não entendeu o insistente recado das urnas contra esse sistema político criminoso e parasitário, ainda afirmo que uma parte dele, desavergonhadamente, se comporta como lacaio para sua proteção. Vide o Gilmar Mendes, que afundou o carreiro ao Palácio Jaburu, ou o Toffoli, que é claramente um subserviente respondendo a um favor. Na hora de tirar o Calheiros da presidência do Senado, porque tinha se transformado em réu, o STF falhou. Na hora do impeachment da Dilma, fracionaram a constitucional pra salvar seus direitos políticos. Na hora de eliminar o Aécio do Senado por ter pedido propina, o STF vacilou.

O Judiciário já era vítima das ações mafiosas do sistema quando o avião do Teori caiu, no entanto, chegou o Zé Dirça, ladrão notório e estampa da humilhação e da miséria, disse que “deveria tirar todos os poderes do STF”; Haddad falou em montar uma nova constituinte; Wadih Damous disse que “tinha que fechar o Supremo”; mas quando Eduardo Bolsonaro disse que pra fechá-lo “só precisava de um cabo e um soldado” aí ficou feia a coisa, e pra tentar responder ao achaque, colocaram o Toffoli, um lacaio, que respondeu só ao último, pra dizer que "atacar o Poder Judiciário é atacar a democracia". Disse uma verdade, mas pra uma pessoa.

Apesar disso tudo, ainda hão os braços fortes, aqueles que impediram a manobra da posse do Lula como ministro da Dilma, que impediram Cristiane Brasil como Ministra do Trabalho, que mantiveram prisões cautelares, que mantiveram condenações de criminosos conhecidos, que garantiu que réus condenados em segunda instância deveriam começar a cumprir pena, que afastou Eduardo Cunha do cargo, enfim.

É crucial que o povo volte a acreditar na Justiça, principalmente nesses tempos ruins, impregnados de autoritarismo, voluntarismo e populismo. Só contamos com a força dela para evitar violações sistemáticas aos direitos fundamentais, para evitar que o Brasil se transforme numa Venezuela ou nas Filipinas.

Aí, Zé Dirça, resenha da derrota e imagem do fracasso, aparece dizendo que “nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”. Os recursos dos seus advogados, contra a segunda maior condenação dos réus da Lava Jato, vem sendo indeferidos por unanimidade.

A Justiça pode balançar, mas seus alicerces não quebram, aquele que grita contra ela é o criminoso que não quer responder pelos seus atos, e ela tarda mas não falha, independente das instâncias do Judiciário e de quem estiver lá julgando.

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