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A Arte do Ser | Compaixão

Por: Xenna Gheno
07/11/2018 10:57

Estar em paz não é difícil, o difícil é permanecer nela em meio a um turbilhão de ondas que a sociedade produz e, por consequência, te desarmoniza. Sabemos que a paz é o melhor de ti, quando estamos em paz estamos no “alto”, e o que vem de “baixo” não nos atinge, mas em geral estamos sempre no “baixo” junto ao mundano e o tom que o coletivo de humanos produz.

Temos dificuldade em manter a paz, não só a individual como coletiva, porque por milhares de gerações estamos competindo e assim temos uma queda por duelar. Acabamos de passar por eleições que, mais do que nunca, mostram como é mais confortável estar em duelo odiando o lado oposto e nos unido à bandeira A ou B para uma batalha, ao invés de buscar dialogar caminhos que tragam harmonia entre os seres e uma prosperidade ampla e coletiva.

Para manter uma longínqua paz pode-se sair do tom da sociedade, ver ela de fora, e sentir a tranquilidade do alto da montanha, a velocidade da brisa balançando a árvore, a alegria de um mar e a pureza de uma cachoeira. Harmonizado a esse tom, pode fortalecer o melhor de ti e entender o quanto o duelar da sociedade é prejudicial, porque em sociedade se somam todos os potenciais e defeitos de cada ser. Sendo assim e sabendo que gostamos de competir, acabamos inconscientemente destruindo o talento e os potenciais dos seres e marcamos os defeitos. Esse moralismo que julga o outro ser o tempo todo, vem muito desse pensar primata que estamos competindo o tempo todo. Nessa ignorância estagnada e não admitida por arrogância, criamos regras moralistas de que “somos o que temos”, padrões de belezas e falsas propagandas de felicidade. Soma tudo isso e ao ver a sociedade que construímos, dá um embrulho no estômago se compararmos ela a todas as perspectivas melhores que poderiam e podem acontecer.

Mas humanos e presos a uma corrente de más ondas ficamos acreditando que o duelo é o melhor caminho, que olhar e enaltecer o defeito do próximo faz com que eu ganhe, atacar o talento e potencial do outro traz uma cegueira coletiva de arrogância que mostra o caos social que vivemos e, para encarar tudo isso sem desacreditar na paz, temos uma ferramenta maravilhosa que é a compaixão.

Com o passar do tempo o ser que consegue transcender ao tom estagnado e destrutivo da competitividade mundana começa a se sentir mal em meio a tanto caos e, se não usar a compaixão, passa a cair sem perceber, passa a vibrar nesse tom e sem paz tende a cair em correntes que duelam olhando o outro como inimigo, enfatizando seus defeitos e anulando seus potenciais. E é essa sociedade que criamos e as principais vítimas são nossas crianças que, muitas vezes, têm seus potenciais apagados e os defeitos apontados como lanças, ferindo o seu ser.

Então amados, tirem um tempo para si e voltem às atividades apenas quando estiverem amando a tudo e a todos, ou seja, em paz. Entenda que ser humano é o que não é divino, e divino é o que é perfeito, logo somos imperfeitos buscando felicidade, paz, harmonia, liberdade e justiça. Então, sempre que for odiar, conta até 10 e aciona a compaixão. Busca dialogar, perdoe e peça perdão. Não somos inimigos, somos irmãos.


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