Moacir Pereira e seus 51 filhos
O jornalista lança, mais uma vez, outra biografia de um grande nome de SC. Desta vez será a vida do desembargador Aluizio Blasi que, desaparecido em setembro passado, foi porta bandeira de idealismos voltados à Educação, Direito e Justiça como mesmo decifra o autor. No próximo dia 11 de dezembro, às 19h, nas dependências da sede da seccional da OAB em Florianópolis, Ana Cristina Blasi, filha do homenageado, Moacir Pereira, Rodrigo Collaço e Paulo Brincas, respectivamente presidente do Tribunal de Justiça de SC e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, serão anfitriões de mais uma obra do articulista do Diário Catarinense que conta com a presença do amigo Ademir Arnon, presidente da ACI - Casa do jornalista, representando a classe no evento. Incansável, este é mais um trabalho de farta dedicação que Moacir realiza. Iniciando e concluindo, garantiu o livro antes da ausência de quem sabia das coisas.
Como o senhor vê um militar no poder para garantir segurança pública?
Vejo com muito bons olhos, uma vez que conhece os conceitos que norteiam a produção da segurança para a sociedade. Sabe tanto dos vetores técnicos que fortalecem as ações de prevenção e manutenção da Ordem Pública, tanto como os óbices que muitas das vezes atrapalham a consecução dos planejamentos estratégicos. Agora, muita coisa precisa ser feita releitura, em especial a frouxidão de determinadas legislações, para que não se continue fazendo mais do mesmo, como, por exemplo, o famoso “prende-e-solta”.
Quais são as prioridades desta área tão cheia de armadilhas?
Ao meu ver, de imediato, mudar a visão de que Segurança Pública seja custo ao erário público. Tem que ser vista como investimento. Deve-se ter uma pressão da sociedade para se rever o modo de ressocialização de apenados, bem como do cumprimento das penas, que hoje permitem muitas regalias a quem só vive para ser malfeitor nas cidades. As pessoas devem se sentir parte do Sistema de Segurança, participando ativamente de Conseg’s e Rede de Vizinhos.
Chamamento
Presidente da Associação Catarinense de Imprensa, Casa do Jornalista, oficializou Nota de Repúdio às declarações da deputada estadual eleita, Ana Caroline Campagnolo. Sempre infantilmente incendiada, a futura parlamentar atacou a imprensa.
Emília
A futura deputada estadual está, até para seus colegas de bancada, sempre fervendo. Falando como a boneca de Monteiro Lobato, tomou a pílula da urna eletrônica e perdeu o controle. Depois do resultado, nunca mais conseguiu fechar a boca.
Ringue
Defensora da Escola Sem Partido, terreno anti Marx, Lênin ou Trotsky, ela brilha. Seguidora de Olavo de Carvalho, bate de frente com professores e jornalistas. É o melhor nome do UFC local e já chama Lu Carminatti para o octógono pedagógico.
Rebarba
Ana Caroline Campagnolo tem semelhantes movimentos de seu pai. Job, o culpado, foi quem elevou a filha à radioatividade agora demonstrada. Ela, intolerante com tudo, precisa ser levada ao torno. Atacando a imprensa, é a nova ditadora.
Ele
Carlos Moisés, calando-se diante das investidas de sua deputada, assina junto. O governador eleito, sem drible, entrou em campo via live. Quer continuar a fazer gol com os números conquistados nas urnas. Imagina-se irreversível no placar.
Côncavo
À medida que anuncia o delegado geral antes do secretário de Segurança Pública, o poste mijando no cachorro, Carlos Moisés, caminha às avessas. Segue a trilha que imagina dar certo como foi sua presença fantasma nas urnas. Lá deu tudo errado para chegar.
Convexo
Carlos Moisés chegou assustado ao 2º turno e, depois de eleito, ainda não acredita. Está descobrindo o governo como Bela à Fera. Apavora mas, depois, ama. O bombeiro não falou nada até agora porque, de fato, não tem o que dizer.
Calvário
O governador eleito vai se ancorar nas simpatias de Daniel Freitas, Felipe Estevão e ao seu antigo comandante Cel. Mocellin, o agora comandado. Serão eles o Simão Cirineu até a Páscoa. É o tempo para ressuscitar ou morrer no Centro Administrativo.
Escondendo
A imprensa tem criticado Carlos Moisés de se manter distante e não passar informações, mas, na verdade, nunca apareceu e não tem mesmo o que falar. O bombeiro não entende nada do que está fazendo e porque está onde se encontra.
Tempo
Serão necessários mais de dois anos para que o bombeiro entenda de fato o que levou ele ao governo, por que está lá, qual é sua missão e o legado que vai deixar. Carlos Moisés é um erro terrível que, se der certo, já valeu. E nem entrou no transatlântico.
Asfixia
A imprensa, que sempre teve um excelente relacionamento com os Poderes, tem que deixar o tempo necessário para que o bombeiro diga o que quer e, se não o fizer, usar o desfibrilador em seu peito até acordar. Cada um com sua força.
Acorda
Ser desrespeitoso com a imprensa e imaginar ser o caminho ideal, será o pior pesadelo. A democracia não permite monólogo com a sociedade. Não existe liberdade sem o controle democrático da informação. SC não é o Corpo de Bombeiros.
Respeito
Se Carlos Moisés quer ser um governador atuante, rico em ideias, entrosamento e arrojo, terá sempre o 4º Poder à disposição. Se, ao contrário, entender que não é o caminho, como ele mesmo disse que vai colocar fogo na ponte que passou, é seu isolamento.
Teste
A frase que maior decifra Carlos Moisés é aquela em que vai colocar fogo na ponte que levou-o à Cadeira mais importante de SC. Se entender que vai ditar as regras e se observar dono do Estado, que sinalize nesta direção e aperte o botão da guerra.
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